About

About
União d Blogs de Matemática

Labels

slider

Recent

Navigation

ATERRO SANITÁRIO COSANPA 2013


INTRODUÇÃO

Este trabalho acadêmico visa apresentar como o lixo produzido nas cidades é disposto nos aterros. A forma com que estes resíduos serão colocados na natureza é de extrema importância para o futuro da humanidade, uma vez que com o crescimento populacional, cada vez produzimos mais lixo. Este crescimento populacional desordenado leva a população a dar um fim errado ao lixo, jogando-o em terrenos baldios, rios e lagos o que pode levar a proliferação de doenças como leptospirose, leishmaniose, dengue e outras doenças transmitidas por vetores (moscas, ratos e baratas, mosquitos).
O adequado gerenciamento dos resíduos sólidos gerados nos municípios, sejam estes de pequeno ou grande porte, apresenta-se como um dos principais desafios a ser enfrentado pelos administradores públicos.

1. O QUE É UM ATERRO

Um aterro é um espaço destinado à deposição final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana. Nele são dispostos resíduos domésticos, comerciais, de serviços de saúde, da indústria de construção, ou dejetos sólidos retirados do esgoto.
Existem três tipos de aterros:
- Aterro Sanitário;
- Aterro Controlado;
- Aterro Não Controlado;

2. TIPOS DE ATEROS

2.1 Aterros sanitários

Geralmente denomina-se de aterro sanitário o local para onde são destinados os resíduos urbanos provenientes do serviço de coleta municipal. O solo do local onde será despejado o resíduo deve ser impermeabilizado e são implantadas canaletas para coleta do chorume que será enviado para uma Estação de Tratamento de Esgoto. Também é feito o monitoramento do lençol freático e das emissões atmosféricas, podendo haver a captação dos gases gerados no aterro para geração de energia.

O local de despejo dos resíduos deve ser protegido das chuvas e o resíduo, compactado e enterrado todos os dias. Geralmente é feita a triagem dos resíduos (separação dos materiais recicláveis) e apenas o que não pode mesmo ser reciclado é enviado para o aterro.


Figura1. Disposição de um aterro sanitário

2.1.1 Condições e características

A base do aterro sanitário deve ser constituída por um sistema de drenagem de efluentes líquidos percolados (chorume) acima de uma camada impermeável de polietileno de alta densidade, sobre uma camada de solo compactado para evitar o vazamento de material líquido para o solo, evitando assim a contaminação de lençóis freáticos. O chorume deve ser tratado e/ou recirculado (reinserido ao aterro) causando assim uma menor poluição ao meio ambiente.
Seu interior deve possuir um sistema de drenagem de gases que possibilite a coleta do biogás, que é constituído por metano, gás carbônico e água (vapor), entre outros, e é formado pela decomposição dos resíduos. Este efluente deve ser queimado ou beneficiado. Estes gases podem ser queimados na atmosfera ou aproveitados para geração de energia. No caso de países em desenvolvimento, como o Brasil, a utilização do biogás pode ter como recompensa financeira a compensação por créditos de carbono do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, conforme previsto no Protocolo de Quioto.
Sua cobertura é constituída por um sistema de drenagem de águas pluviais, que não permita a infiltração de águas de chuva para o interior do aterro. No Brasil, usa-se normalmente uma camada de argila.
Com a compactação de lixo no aterro é possível a produção de gás, podendo assim diminuir a exploração de combustíveis fosseis. Este processo de produção é já utilizado em Portugal na zona de Leiria.

Um aterro sanitário deve também possuir um sistema de monitoramento ambiental (topográfico e hidrogeológico) e pátio de estocagem de materiais. Para aterros que recebem resíduos de populações acima de 30 mil habitantes é desejável também muro ou cerca limítrofe, sistema de controle de entrada de resíduos (ex. Balança rodoviária), guarita de entrada, prédio administrativo, oficina e borracharia.
Quando atinge o limite de capacidade de armazenagem, o aterro é alvo de um processo de monitoração especifico, e se reunidas às condições, pode albergar um espaço verde ou mesmo um parque de lazer, eliminando assim o efeito estético negativo. Recentemente foi encontrada uma célula produzida em aterros que contribui para o fortalecimento do sistema imunitário, podendo assim contribuir para a cura de muitas doenças.
Existem critérios de distância mínima de um aterro sanitário e um curso de água, uma região populosa e assim por diante. No Brasil, recomenda-se distância mínima de um aterro sanitário para um curso de água deve ser de 400m.

2.1.2 Operação

A recepção dos resíduos inicia-se com a entrada do veículo de transporte de resíduos no aterro sanitário e a pesagem na balança. Depois de feito o controle na entrada e efetuada a pesagem, o veículo desloca-se até à zona de deposição, avança até à frente de trabalho, procedendo à descarga dos resíduos. Em seguida, o veículo passa pela unidade de lavagem dos rodados (quando houver) e é novamente pesado para a obtenção da tara, de forma a ficar registrado o peso líquido da quantidade de resíduo transportada.
A operação segura de um aterro sanitário envolve empilhar e compactar os resíduos sólidos e cobrí-lo diariamente com uma camada de solo. A compactação tem como objetivo reduzir a área ocupada e aumentar a área disponível prolongando a vida útil do aterro, ao mesmo tempo que o propicia a firmeza do terreno possibilitando seu uso futuro para outros fins. A cobertura diária do solo evita que os resíduos permaneçam a céu aberto, com possível contato com animais (pássaros) e sujeito a chuva, e também para diminuir a liberação de gases mal cheirosos, bem como a disseminação de doenças.


2.2 Aterros controlados

O Aterro Controlado é um local onde os resíduos são descartados diretamente no solo (sem nenhuma impermeabilização), porém recebe certo controle para minimizar seus impactos. Na maioria dos casos, eles são apenas um lixão que recebeu algumas adequações com o fim de atender a legislação vigente. A diferença entre estes e os lixões é que eles são cercados para impedir a entrada de pessoas e podem apresentar algum tipo de controle para evitar a poluição, como o monitoramento do lençol freático. Embora não seja uma forma de destinação ideal, costumam ser aceitos pelos órgãos ambientais (isso varia de Estado para Estado) de forma temporária, enquanto o município procura outras formas de destinação. Podemos dizer, então, que os aterros controlados são uma espécie de transição entre os lixões e os aterros sanitários, mas é importante frisar que os aterros controlados são apenas uma forma de minimizar o impacto do descarte de resíduos e atender a legislação não constituindo de forma alguma um meio adequado do ponto de vista ambiental.


2.3 Aterros não controlados – Lixões

É um local onde há uma inadequada disposição final de resíduos sólidos, que se caracteriza pela simples descarga sobre o solo sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública. É o mesmo que descarga de resíduos a céu aberto sem levar em consideração: - a área em que está sendo feita a descarga; - o escoamento de líquidos formados, que percolados, podem contaminar as águas superficiais e subterrâneas; - a liberação de gases, principalmente o gás metano que é combustível; - o espalhamento de lixo, como papéis e plásticos, pela redondeza, por ação do vento; - a possibilidade de criação de animais como porcos, galinhas, etc. nas proximidades ou no local.
Os resíduos assim lançados acarretam problemas à saúde pública, como proliferação de vetores de doenças (moscas, mosquitos, baratas, ratos etc.), geração de maus odores e, principalmente, a poluição do solo e das águas superficiais e subterrâneas através do chorume (líquido de cor preta, mau cheiroso e de elevado potencial poluidor produzido pela decomposição da matéria orgânica contida no lixo), comprometendo os recursos hídricos.
Acrescenta-se a esta situação, o total descontrole quanto aos tipos de resíduos recebidos nesses locais, verificando-se, até mesmo, a disposição de dejetos originados dos serviços de saúde e das indústrias.
Comumente, os lixões são associados a fatos altamente indesejáveis, como a criação de porcos e a existência de catadores (que, muitas vezes, residem no próprio local).


3. CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DE ÁREAS DE INSTALAÇÃO DE ATERROS
Para implementação de aterros leva-se em conta vários aspectos. A ABNT define como critérios básicos de seleção de projetos de aterros os seguintes itens:
- Zoneamento ambiental
- Zoneamento urbano
- Acessos
- Vizinhança
- Economia de transporte
- Titulação de área escolhida
- Economia operacional do aterro sanitário
- Infra-estrutura urbana
- Bacia e sub-bacia hidrográfica onde o aterro sanitário se localizará
Deve-se ainda indicar no projeto a localização e características topográficas da respectiva área, além da:
- Caracterização geológica e geotécnica, a fim de evitar contaminação de corpos
d’água, solo, e lençol freático.
- Caracterização climatológica relacionando valores mensais de precipitação e
evapotranspiração
- Caracterização e uso de água e solo.
4. O DESTINO DADO AO LIXO NO BRASIL
No Brasil existe uma norma específica denominada NBR10004 que trata dos critérios para a classificação dos resíduos de acordo com sua composição e características em duas classes: Classe 1, para resíduos considerados perigosos (que podem oferecer algum risco para o meio ambiente ou para o homem), e Classe 2, para resíduos não perigosos. É a partir desta classificação que se determina quais as destinações adequadas para cada tipo de resíduo. Já quanto aos locais de destinação as normas específicas são:
- ABNT NBR13896/97 – Aterros de resíduos não perigosos – Critérios para projeto, implantação e operação;
- ABNT NBR10157/87 – Aterros de resíduos perigosos – Critérios para projeto, construção e operação;
Existem também normas específicas sobre incineração, reciclagem e outras formas de tratamento dos resíduos que são empregadas antes da disposição final, ou seja, os resíduos coletados passam por estas etapas e somente o que sobre delas (ou o que não pode ser mesmo aproveitado) é destinado para os aterros. Assim, consegue-se aumentar a vida útil do mesmo.
Em 1989 foi realizada uma Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), onde foi concluído que a disposição final de lixo nos municípios brasileiros assim se dividia: - 76% em lixões; - 13% em aterros controlados
- 10% em aterros sanitários; - 1% passam por tratamento (compostagem, reciclagem e incineração).
Em outra pesquisa realizada em 2000 ainda pelo IBGE, o número de resíduos domiciliares coletados diariamente foi de 125,281 mil toneladas sendo deste número, 52,8% eram dispostos em lixões.
5. CONCLUSÃO
Fica claro que a escolha pelo aterro sanitário para disposição final dos resíduos é a melhor saída para o tratamento do lixo mundial, porém vimos também que para a escolha entre um tipo de aterro e outro vai além da vontade pessoal de cada morador de uma cidade, esta escolha abrange estudos econômicos e financeiros.
Vimos que as áreas para disposição final de resíduos sólidos devem ser escolhidas segundo critérios pré-estabelecidos, sendo necessário seguir alguns padrões para que o meio ambiente não se prejudique com a criação de um aterro.
A disposição final é facilitada se a unidade geradora dispuser de um plano de gerenciamento de resíduos conforme a legislação vigente, além do conhecimento das várias classes de resíduos que precisam de um tratamento, deixando de depositar resíduos perigosos em aterros sem capacidade de recebê-los.





Envie!
Banner

Flavio Bacelar

Poste seu comentário!:

0 comments:





Segue alguns símbolos, caso necessitem utilizá-los:
____________________________________________


α β γ δ ∆ λ μ Ω ο ρ φ χ ψ ξ ε η θ π ∂ ∑ ∏ ℮ אօ ∞ ℝ ℕ ℚ ℤ Ø f◦g
½ ¼ ¾ ½ ⅓ ⅔ ⅛ ⅜ ⅝ ⅞ ² ³ ¹ º ª ₁ ₂ ₃ ₄ ≈ ≠ ≡ ∀ ∃ ⇒ ⇔ → ↔
∈∋∧ ∨ ⊂ ⊃ ∩ ∪ − + × ± ∓ ÷ √ ∛ ∜ ⊿∟ ∠→ ↑ ↓ ↕ ← ≤ ≥
outros
√ ∇ ∂ ∑ ∏ ∫ ≠ ≤ ≥ ∼ ≈ ≅ ≡ ∝ ⇒ ⇔ ∈ ∉ ⊂ ⊃ ⊆ ⊇ \ ∩ ∪ ∧ ∨ ∀ ∃ ℜ ℑ