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QUESTÕES COMENTADA - MICRO DRENAGEM URBANA




(TCU/2005) 199 Boca-de-lobo com abertura na guia pode ser contínua ou com depressão.
GABA: C
Na aula de hoje aprendemos que as bocas-de-lobo podem ser de guia, com grelha ou combinada, podendo ser contínua (o escoamento mantém-se no plano) ou haver depressão (o escoamento é “forçado” para que entre na abertura) nesses três tipos.
(TCU/2005) 200 Bacias de detenção não reduzem o volume de escoamento direto durante uma precipitação crítica.
GABA:C
Vejam como mesmo em engenharia os temas se repetem! As bacias de detenção reduzem a vazão, mas o volume de água escoado durante uma precipitação (ou seja, durante todo o intervalo de tempo em que estiver chovendo) é o mesmo. Professor, não entendi nada! Pessoal, a vazão é o
volume de água (m³, litros, ...) que passa por uma determinada seção de uma calha em 01 (uma) unidade de tempo (hora, segundo, ...)! Por exemplo, em uma bacia hidrográfica impermeabilizada, quando não há um reservatório de acumulação, todo o volume de água de chuva (m³) escoa rapidamente e se acumula quase no mesmo momento na seção de um canal. Aquele período de tempo curto, concentrando grande volume, resulta em uma grande vazão de água (m³/s). Quando há um reservatório, o volume de água que vai passar pelo canal é o mesmo, mas num período longo, pois o reservatório “libera” a água aos poucos. Assim, as vazões são menores, mas o volume total, ressaltemos, é sempre o mesmo.
(CEHAP/2008) Os sistemas de drenagem de águas pluviais são componentes essenciais da infraestrutura urbana e rural e sua concepção é feita com base em determinados critérios técnicos. A respeito desse assunto, julgue os itens.
(CEHAP/2008) 41 Recomenda-se que os canais de drenagem a superfície livre sejam de seção única, dimensionados com base na vazão máxima de projeto.
GABA: E
O erro está em dizer que a seção deve ser única e, pior, dimensionada para o valor máximo. Os canais de drenagem a superfície livre recebem escoamento durante todo seu trajeto. Assim, conduzem vazões pequenas no seu início, mas
elas vão sendo incrementadas por novas contribuições durante todo o trajeto.
Seguindo este raciocínio, em um determinado ponto a jusante (rio abaixo) é necessário um canal com maior capacidade (portanto, maior seção) do que a montante (rio acima). Um Dimensionamento único com base na maior vazão implicaria em um “superdimensionamento” (as seções mais a montante ficariam “ociosas”) e, consequentemente, teríamos uma obra com um custo maior do que o necessário. Lembrem-se de que em breve vocês serão parte do TCU e desperdício de recursos públicos é o que devemos combater!
(CEHAP/2008) 41 Os sistemas de drenagem bem concebidos devem suportar qualquer evento chuvoso.
GABA: E
O erro está em dizer que seria qualquer evento chuvoso. Os sistemas de drenagem são projetados para conduzir a vazão de projeto. Essa vazão resulta de uma chuva de projeto. Esse evento chuvoso é calculado por estatística de acordo com as precipitações anteriores. Canais que sejam capazes de conduzir qualquer vazão, associada a “qualquer evento chuvoso”, seriam inviáveis. Daí
vem o conceito de período de retorno. Assim, admite-se que eventualmente esses canais possam transbordar. Essa freqüência de transbordamento desejada é que vai definir a TR escolhida.
(CEHAP/2008) 41 Em áreas rurais, a preferência deve ser pelos canais abertos a superfície livre, e não pelas galerias.
GABA: C

Sempre que possível deve-se preferir canais abertos e que possam ser integrados ao ambiente que o cerca. Além de motivos ambientais, há motivos técnico-construtivos para que assim seja. Como dissemos, eventualmente, de acordo com a chuva, os canais transbordarão. As conseqüências dessa
excepcionalidade em canais fechados são mais problemáticas do que ocorre em canais abertos.
(MPOG/2008) A tendência atual na concepção de sistema de drenagem de águas pluviais em ambientes urbanos incentiva a utilização das denominadas medidas compensatórias — bacias de detenção, planos de infiltração, trincheiras de percolação, microrreservatórios etc. — como
instrumento de controle do escoamento superficial.
Lembrando: fiquem atentos com os enunciados!
No que se refere a essas medidas compensatórias, julgue os itens que se seguem.
(MPOG/2008) 71 A incorporação de bacias de detenção promove um amortecimento da vazão de pico do escoamento superficial.
GABA: C
Correto. Vejam que nas questões anteriores o erro era afirmar que haveria redução do volume escoado. Agora, está correto: há redução das vazões de pico devido ao efeito de amortecimento das cheias pelo reservatório.
(MPOG/2008) 73 A pavimentação de superfícies com blocos intertravados vazados que facilitam a infiltração da água no solo é recomendada para grandes áreas, como estacionamentos de empresas transportadoras, por exemplo.
GABA: E
Pessoal, o erro principal está no fato de que, como vimos no texto teórico, esses pavimentos “vazados” possuem baixa capacidade de suporte (inclusive na sua sub-base, que não deve ser compactada, justamente para permitir a passagem da água). Portanto, nada mais inadequado para um local onde os veículos que trafegam são de grande porte e carregam muito peso (caminhões de
transportadoras), não é mesmo? Conforme o enunciado destaca, são blocos “intertravados”. O que significa que um único bloco que se rompa (quebre) acaba por “desestabilizar” os blocos adjacentes que são “travados” nele.
Portanto, para regiões com tráfego de veículos pesados, nada como o bom e velho pavimento convencional, com a base devidamente compactada para suportar grandes cargas.
Além disso, outro fator restritivo para o uso dos blocos impermeáveis neste caso é que esses estacionamentos costumam ficar com muito óleo no piso devido ao fato de que são comuns vazamentos em caminhões antigos. Assim, haveria o risco de contaminação do aqüífero, pela infiltração da água contaminada.
(MPOG/2008) 74 Estruturas compensatórias são concebidas com uma única finalidade: controle do escoamento superficial, sendo considerado inadequado o uso múltiplo dessas obras.
GABA: E
Pelo contrário, é fortemente recomendado o uso múltiplo dessas áreas. Já comentamos que essas estruturas devem estar integradas no planejamento do uso do solo como um todo.
(MPOG/2008)75 Para aumentar a eficiência no controle do escoamento pluvial urbano é possível utilizar, de forma combinada, mais de um tipo de medida compensatória.
GABA: C
Exatamente. A adoção de mais de um tipo de método de forma conjunta pode otimizar a eficiência do controle do escoamento.
O projeto de um sistema de drenagem de águas pluviais implica a adoção de diversos critérios para a concepção e o dimensionamento dos seus componentes. Sobre esse assunto, julgue os itens a seguir.
(MPOG/2008)76 Para cidades com até 50.000 habitantes, deve-se adotar, no projeto, vazão máxima com 10 anos de tempo de retorno, enquanto, para cidades com mais de 50.000 habitantes, deve-se usar vazão máxima com 15 anos de tempo de retorno.
GABA: E
A questão não citou se trata de micro ou macrodrenagem. De qualquer forma, a literatura preconiza que o sistema de microdrenagem pode ser projetado para um período de retorno que varia de 2 a 10 anos. Já o sistema de macrodrenagem, 25 a 100 anos.
(MPOG/2008)77 Nesse tipo de projeto, a boca-de-lobo é o único componente que não é dimensionado utilizando-se unidades-padrão disponíveis no mercado.
GABA: E
As bocas de lobo são padronizadas (L=1m), como pode ser observado no dia-adia.
No caso de ser necessário um comprimento maior, opta-se pela utilização de duas, uma seguida da outra (múltipla).



dimensionado para trabalhar à superfície livre, isto é, à pressão atmosférica.
GABA: C
O escoamento pode ser livre ou forçado. No primeiro caso, a pressão na superfície do líquido é igual à atmosférica, podendo o conduto ser aberto, como nos canais fluviais, ou fechado, como nas redes de esgoto sanitário. No escoamento forçado,a pressão é sempre diferente da atmosférica e portanto o conduto tem que ser fechado, como em tubulações de sucção e recalque ou redes de abastecimento de água.
Segundo o documento Diretrizes básicas para drenagem urbana do município de São Paulo, o dimensionamento de galerias deve ser feito para que estas funcionem como condutos livres. Entretanto, há situações em que eventualmente se deve verificar alguma condição de escoamento em carga decorrente da passagem de algum evento excepcional.
(MPOG/2008)79 É correto que o projeto preveja que o escoamento de água nas vias de trânsito de veículos possa ocorrer na área da sarjeta ou, também, na área da rua propriamente dita.
GABA: C
Vimos que a sarjeta pode ser dimensionada de forma que o escoamento da água pluvial se dê apenas por ela, ou também pela calha da rua.
(MPOG/2008)80 O dimensionamento do sistema de drenagem de águas pluviais de uma bacia hidrográfica deve ser feito de montante para jusante.
GABA: C
Pessoal, o termo “montante” refere-se à área acima, rumo à cabeceira. O termo “jusante” refere-se ao trecho abaixo, rumo à foz. A partir do dimensionamento dos trechos a montante é que podemos calcular as vazões que escoarão nos trechos a jusante.
(TCE-TO/2008)No que se relaciona a drenagem urbana, entende-se por bocas de lobo as canalizações destinadas a conduzir as águas pluviais.
GABA: E
A questão forneceu o conceito de galeria. As bocas de lobo captam águas pluviais para direcioná-las às galerias.
(TCE-TO/2008)No que se relaciona a drenagem urbana, entende-se por bocas de lobo os dispositivos localizados em pontos convenientes do sistema de galerias para permitir mudança de direção.

GABA: E
O conceito fornecido é o de poço de visita. Eles são dispositivos localizados em pontos convenientes do sistema de galerias para permitirem mudança de direção, mudança de declividade, mudança de diâmetro e inspeção e limpeza das canalizações
(TCE-TO/2008)No que se relaciona a drenagem urbana, entende-se por bocas de lobo os dispositivos destinados a permitir a limpeza de tubulações.
GABA: E
O conceito fornecido é o de poço de visita.
(TCE-TO/2008)No que se relaciona a drenagem urbana, entende-se por bocas de lobo os dispositivos destinados a permitir a mudança de declividade de tubulações.
GABA: E
O conceito fornecido é o de poço de visita.
(TCE-TO/2008)No que se relaciona a drenagem urbana, entende-se por bocas de lobo os dispositivos localizados em pontos convenientes nas sarjetas para captação de águas pluviais.
GABA: C
Esse é o conceito de boca-de-lobo. Vale comentar ainda que esse dispositivo direcionará as águas pluviais às galerias.
No Brasil, a concepção dos sistemas de drenagem das águas pluviais urbanas foi evoluindo e, hoje, há uma tendência clara de se privilegiar a incorporação das denominadas medidas compensatórias a esses sistemas. Acerca das medidas compensatórias, julgue os itens a seguir.
(TJDFT/2008)104 Bacias ou reservatórios de detenção têm seu uso limitado a grandes áreas.
GABA: E
Como visto, esses reservatórios não precisam ser de grandes dimensões, apresentando notável eficiência mesmo quando em menores tamanhos.
(TJDFT/2008)105 Em áreas com lençol freático pouco profundo, não é recomendado o uso de estruturas de infiltração, tais como os pavimentos porosos.
GABA: C

Correto. Se o lençol freático for pouco profundo, há o risco de que o aumento de seu nível atinja construções em subsolo.
(TJDFT/2008)106 As medidas compensatórias possuem efeitos apenas sobre o controle quantitativo do escoamento pluvial urbano, mas não apresentam qualquer benefício para a melhoria da qualidade desse escoamento.
GABA: E
Vimos que as medidas compensatórias atuam também no controle qualitativo do escoamento. É que o acontece, por exemplo, com áreas gramadas, funcionando como planos de infiltração ou o caso de bacias de percolação que retêm poluentes presentes na água pluvial.
(TJDFT/2008)107 As bacias ou planos de infiltração são as alternativas mais eficientes, se comparadas às outras, pois requerem menor espaço.
GABA: E
Errado. As bacias/planos de infiltração necessitam de um espaço maior do que as estruturas lineares, como valas de infiltração, por exemplo.
Pessoal, Nos vemos na próxima aula! Um forte abraço.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Baptista, Márcio. Notas de Aula: Trabalho de Integração Multidisciplinar I - Drenagem Urbana. UFMG, 2007.
Borges, Maurício et. al., publicado em Scientia Forestalis n. 69, p.93-103, dez.
2005, disponível em http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr69/cap08.pdf).
Júnior, Hildeberto. Aulas de Sistema de Drenagem urbana, 2008 (disponível em http://www.dec.ufs.br)
Naghettini, Mauro. Engenharia de Recursos Hídricos: Notas de Aula. UFMG,1999.
Nascimento, Nilo O. e Heller, Leo. Ciência, Tecnologia e Inovação na Interface entre as Áreas de Recursos Hídricos e Saneamento. Engenharia Sanitária e Ambiental. Vol 10, n.1, jan/mar 2005.
Neto, Antônio C. Sistemas Urbanos de Drenagem, 2005


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Flavio Bacelar

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3 comments:

  1. Adorei...Consegui entender mais algumas coisas sobre drenagem. A linguagem é ótima, diferente da que tenho contato diariamente.

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    1. Obrigado Patrícia Lima
      Estarei postando mais conteúdo sobre estes assunto
      um grande abraço!

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