POLUIÇÃO
DO SOLO
O desenvolvimento
tecnológico da civilização moderna tem produzido uma série de substâncias que
contaminam a atmosfera, o solo os rios e os mares, poluindo dada vez mais o
ambiente em que vivemos.
O
solo, corpo vivo, de grande complexidade e muito dinâmico, tem como componentes
principais a fase sólida (matéria mineral e matéria orgânica), o ar na
designada componente “não sólida”. O solo deve ser encarado como interface
entre o ar e a água (entre a atmosfera e a hidrosfera ), sendo importante à
produção de biomassa. Assim, o solo não é inerte, o mero local onde assolamos
os pés, o simples suporte para as habitações e outras infraestruturas
indispensáveis ao homem, o seu “caixote de lixo”!. Sempre que lhe adicionamos
qualquer substância estranha, estamos a
poluir o solo e, direta ou indiretamente, a água e o ar.
Para
que o solo mantenha as múltiplas capacidades de suporte dos sistemas naturais e
agrícolas, é fundamental que as suas características estruturais
permaneçam em equilíbrio com os diversos
sistemas ecológicos.
O uso da terra para centros urbanos, para
atividades agrícolas, pecuária, tem tido como consequência elevados níveis de
contaminação. De fato, aos referidos associam-se, geralmente, descargas
acidentais ou voluntárias de lixo no solo e águas, deposição não controladas de
produtos que podem ser resíduos perigosos, lixeiras e até aterros sanitários
não controlados, deposições atmosféricas resultantes das várias atividades.
Assim, ao longo dos últimos anos, temos detectado numerosos casos de
contaminação do solo em zonas rurais e urbanas.
A contaminação do
solo tem-se tornado uma das preocupações ambientais uma vez que, geralmente, a
contaminação interfere no ambiente global da área afetada (solo, águas
superficiais e subterrâneas, ar, fauna e vegetação), podendo mesmo estar na
origem de problemas de saúde pública.
Os principais fenômenos
de degradação dos solos são a contaminação por:
Resíduos sólidos e líquidos provenientes de
aglomerados urbanos, na medida em que na maioria são depositados no solo sem qualquer controle,
levando a que os lixiviados produzidos e não recolhidos para posterior
tratamento, contaminem facilmente solos e águas, e por outro, o metano
produzido pela degradação anaeróbia da fração orgânica dos resíduos, pode
acumular-se em bolsas, no solo, criando riscos de explosão;
ü Águas contaminadas,
efluentes sólidos e líquidos lançados diretamente sobre os solos e/ou deposição
de partículas sólidas, cujas descargas,continuam não controladas, provenientes da indústria
química, destilarias, indústria de celulose, indústria de curtumes,
indústria cimenteira, centrais termo-elétricas e atividades mineira e
siderúrgica, assim como aquelas cujas atividades industriais constituem maiores riscos de poluição para o solo.
ü Efluentes
provenientes de atividades agrícolas, de onde se destacam aquelas que
apresentam um elevado risco de poluição, como sendo, as agro-pecuárias intensivas
(suinoculturas), com taxa bastante baixa de tratamento de efluentes, cujo
efeito no solo depende do tipo deste, da concentração dos efluentes e do modo
de dispersão, os sistemas agrícolas intensivos que têm grandes contribuições de
pesticidas e adubos podendo provocar a acidez dos solos, que por sua vez facilita amobilidade de metais
pesados, e os sistemas de rega, por incorreta implantação e uso, podem originar
a salinização do solo e/ou toxidade das plantas com excesso de nutrientes;
ü Uso desmedido das
lamas de depuração e de águas residuais na agricultura, por serem
materiais com elevado teor de matéria
orgânica e conterem elementos biocidas que deverão ser controlados para reduzir
os riscos de acumulação.
OS
RESÍDUOS SÓLIDOS
O lixo sempre acompanhou a história do homem. Na Idade
Média acumulava-se pelas ruas e imediações das cidades, provocando sérias
epidemias e causando a morte de milhões de pessoas.
A partir da
Revolução industrial iniciou-se o processo de urbanização, provocando um êxodo
do homem do campo para as cidades. Observou-se um vertiginoso crescimento
populacional, favorecido também pelo avanço da medicina e consequente aumento
da expectativa de vida. A partir de então, os impactos ambientais passaram a
ter um grau de magnitude alto, devido aos mais diversos tipos de poluição.
RESÍDUOS SÓLIDOS
“ Resíduo é tudo aquilo resta de qualquer
atividade. “
Segundo Pedro
Sérgio Fadini e Almerinda Barbosa Fadini, os resíduos gerados por aglomerações
urbanas, processos produtivos e mesmo em estações de tratamento de esgoto são
um grande problema, tanto pela quantidade quanto pela toxicidade de tais
rejeitos. A solução para tal questão não depende apenas de atitudes
governamentais ou decisões de empresas; deve ser fruto também do empenho de
cada cidadão, que tem o poder de recusar produtos altamente impactantes,
participar de organizações não governamentais ou simplesmente segregar resíduos
dentro de casa, facilitando assim processos de reciclagem. O conhecimento da
questão do lixo é a única maneira de se iniciar um ciclo de decisões e atitudes
que possam resultar em uma efetiva melhoria de nossa qualidade de vida.
Resíduos são o
resultado de processos de diversas atividades da comunidade de origem:
industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e ainda da varrição
pública.
Os resíduos apresentam-se nos estados sólido,
gasoso e líquido.
Ficam incluídos
nesta definição tudo o que resta dos sistemas de tratamento de água, aqueles
gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como
determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na
rede pública de esgotos ou corpos d'água, ou aqueles líquidos que exijam para
isto soluções técnicas e economicamente viáveis de acordo com a melhor
tecnologia disponível.
Chamamos “lixo” a
uma grande diversidade de resíduos sólidos de diferentes procedências, dentre
eles o resíduo sólido urbano gerado em nossas residências. A taxa de geração de
resíduos sólidos urbanos está relacionada aos hábitos de consumo de cada
cultura, onde se nota uma correlação estreita entre a produção de lixo e o
poder econômico de cada população. O lixo faz parte da história do homem, já
que a sua produção é inevitável. O fato é que o lixo passou a ser encarado como
um problema, o qual deveria ser combatido e escondido da população. A solução
para o lixo naquele momento não foi encarada como algo complexo, pois bastava
simplesmente afastá-lo, descartando-o em área mais distantes dos centros
urbanos, denominados “lixões”.
Nos dias atuais,
com a maioria das pessoas vivendo nas cidades e com o avanço mundial da
indústria provocando mudanças nos hábitos de consumo da população, vem-se
gerando lixo diferente em quantidade e
diversidade. Até mesmo nas zonas rurais encontram-se frascos e sacos
plásticos acumulando-se devido a forma inadequadas de eliminação.
Nos EUA há elevada produção. Isso ocorre
devido a alta industrialização encontrada neste país, e ainda, aos bens de
consumo descartáveis produzidos e amplamente utilizados pela maioria da
população. No Brasil, a geração do lixo ainda é, na sua maioria, de procedência
orgânica; contudo nos últimos anos vem se incorporando o modo de consumo de
países ricos, o que tem levado a uma intensificação do uso de produtos
descartáveis. Porém, essa “modernidade” não está sendo acompanhada das medidas
necessárias para dar ao lixo gerado um destino adequado. Segundo dados
estatísticos, a destinação final do lixo no Brasil ocorre da seguinte forma:
·
Disposição
a céu aberto................76%
·
Aterro
controlado.........................13%
·
Aterro
sanitário............................10%
·
Usina
de compostagem................0,9%
·
Incineração.................................0,1%
Para a maioria dos
administradores o lixo é encarado como um problema e uma preocupação meramente
higiênica. Porém, o problema maior são as medidas paliativas e impactantes
adotadas, como a de afastar dos olhos e narinas esse incômodo e apresentar uma
falsa solução a população.
Para o Manual de
Gerenciamento Integrado, gerenciar o lixo é adotar um conjunto articulado de
ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento, com base em
critérios sanitários, ambientais e econômicos para coletar, tratar e dispor o
resíduo sólido municipal urbano. A execução de ações planejadas, de forma
racional e integrada, leva ao gerenciamento adequado do lixo, assegurando
saúde, bem-estar e economia de recursos públicos, além de ir ao encontro de um
desejo maior que é a melhoria da qualidade de vida das gerações atuais e
futuras.
GESTÃO
DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL
Dos tempos
imperiais aos atuais, os serviços de limpeza urbana vivenciaram momentos bons e
ruins. Hoje, a situação da gestão dos resíduos sólidos se apresenta em cada
cidade brasileira de forma diversa, prevalecendo, entretanto, uma situação nada
alentadora. O problema da disposição final assume uma magnitude alarmante.
Considerando apenas os resíduos urbanos e públicos, o que se percebe é uma ação
generalizada das administrações públicas locais ao longo dos anos em apenas
afastar das zonas urbanas o lixo coletado, depositando-o por vezes em locais
absolutamente inadequados, como encostas florestais, manguezais, rios, baias e
vales. Mais de 80% dos municípios vazam seus resíduos em locais a céu aberto,
em cursos d’água ou em áreas ambientalmente protegidas, a maioria com presença
de catadores – entre eles crianças -, denunciando os problemas sociais que a má
gestão do lixo acarreta.
A participação de
catadores na segregação informal do lixo, seja nas ruas ou nos vazadouros e
aterros, é o ponto mais agudo e visível da relação do lixo com a questão
social. Trata-se do elo perfeito entre o inservível - lixo – e a população
marginalizada da sociedade que, no lixo, identifica o objeto a ser trabalhado
na condução de sua estratégia de sobrevivência.
Uma outra relação
delicada encontra-se na imagem do profissional que atua diretamente nas
atividades operacionais do sistema. Embora a relação do profissional com o
objeto lixo tenha evoluído nas últimas décadas, o gari convive com o estigma
gerado pelo lixo de exclusão de um convívio harmônico na sociedade. Em outras
palavras, a relação social do profissional dessa área se vê abalada pela
associação do objeto de suas atividades com o inservível, o que o coloca como
elemento marginalizado no convívio social.
Gerenciar o lixo de forma integrada
demanda trabalhar integralmente os aspectos sociais com o planejamento das
ações técnicas e operacionais do sistema de limpeza urbana.
CLASSIFICAÇÃO,
ORIGEM E CARACTERÍSTICAS DOS
RESÍDUOS
CLASSIFICAÇÃO
DO LIXO
1 -
Quanto às características físicas:
·
Seco: papéis, plásticos,
metais, couros tratados, tecidos, vidros, madeiras, guardanapos e tolhas de
papel, pontas de cigarro, isopor, lâmpadas, parafina, cerâmicas, porcelana,
espumas, cortiças.
·
Molhado: restos de comida,
cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos estragados,
etc...
2 - Quanto à composição química:
·
Orgânico: é composto por pó
de café e chá, cabelos, restos de alimentos, cascas e bagaços de frutas e
verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, ossos, aparas e podas de jardim.
·
Inorgânico: composto por
produtos manufaturados como plásticos, vidros, borrachas, tecidos, metais
(alumínio, ferro, etc.), tecidos, isopor, lâmpadas, velas, parafina, cerâmicas,
porcelana, espumas, cortiças, etc.
3 - Quanto à origem:
·
Domiciliar: originado da vida
diária das residências, constituído por restos de alimentos (tais como cascas
de frutas, verduras, etc.), produtos deteriorados, jornais, revistas, garrafas,
embalagens em geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma grande
diversidade de outros ítens. Pode conter alguns resíduos tóxicos.
·
Comercial: originado dos
diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como supermercados,
estabelecimentos bancários, lojas, bares, restaurantes, etc.
·
Serviços Públicos: originados dos
serviços de limpeza urbana, incluindo todos os resíduos de varrição das vias
públicas, limpeza de praias, galerias, córregos, restos de podas de plantas,
limpeza de feiras livres, etc, constituído por restos de vegetais diversos,
embalagens, etc.
·
Hospitalar: descartados por
hospitais, farmácias, clínicas veterinárias (algodão, seringas, agulhas, restos
de remédios, luvas, curativos, sangue coagulado, órgãos e tecidos removidos,
meios de cultura e animais utilizados em testes, resina sintética, filmes
fotográficos de raios X). Em função de suas características, merece um cuidado
especial em seu acondicionamento, manipulação e disposição final. Deve ser
incinerado e os resíduos levados para aterro sanitário.
· Portos, Aeroportos, Terminais Rodoviários e
Ferroviários:
resíduos sépticos, ou seja, que contém ou potencialmente podem conter germes
patogênicos. Basicamente originam-se de material de higiene pessoal e restos de
alimentos, que podem hospedar doenças provenientes de outras cidades, estados e
países.
· Industrial: originado nas atividades dos diversos
ramos da indústria, tais como: o metalúrgico, o químico, o petroquímico, o de
papelaria, da indústria alimentícia, etc.
O lixo industrial é bastante variado, podendo ser representado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal, escórias, vidros, cerâmicas. Nesta categoria, inclui-se grande quantidade de lixo tóxico. Esse tipo de lixo necessita de tratamento especial pelo seu potencial de envenenamento.
O lixo industrial é bastante variado, podendo ser representado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal, escórias, vidros, cerâmicas. Nesta categoria, inclui-se grande quantidade de lixo tóxico. Esse tipo de lixo necessita de tratamento especial pelo seu potencial de envenenamento.
· Radioativo: resíduos provenientes da atividade nuclear
(resíduos de atividades com urânio, césio, tório, radônio, cobalto), que devem
ser manuseados apenas com equipamentos e técnicos adequados.
· Agrícola: resíduos sólidos das atividades agrícola e
pecuária, como embalagens de adubos, defensivos agrícolas, ração, restos de
colheita, etc. O lixo proveniente de pesticidas é considerado tóxico e
necessita de tratamento especial.
· Entulho: resíduos da construção civil: demolições e
restos de obras, solos de escavações. O entulho é geralmente um material
inerte, passível de reaproveitamento.
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS DO LIXO
· Chorume: é o líquido que escoa de locais de
disposição final de lixo. É resultado da umidade presente nos resíduos, da água
gerada durante a decomposição dos mesmos e também das chuvas que percolam
através da massa do material descartado. É um líquido com alto teor de matéria
orgânica e que pode apresentar metais pesados provenientes da decomposição de
embalagens metálicas e pilhas. A decomposição final do chorume é fruto do tipo
de lixo depositado e do seu estado de degradação. Historicamente, os lixões têm
sido construídos em vales, nas proximidades ou dentro de leitos de cursos
d’água, o que torna o chorume um agente de comprometimento de recursos
hídricos. Os lixões, por serem na verdade uma mera disposição de resíduos a
céu, são construídos sobre terrenos que permitem não apenas o escoamento do
chorume, mas também a sua infiltração no solo, levando a contaminação das águas
subterrâneas. Ao contrário dos lixões, os aterros sanitários, que recebem
resíduos sólidos municipal urbano e os aterros industriais, que recebem
resíduos sólidos industriais, têm as suas construções pautadas em normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que prevê impermeabilização de
terreno e o tratamento do chorume gerado. Poços de monitoração abertos nas
proximidades do aterro permitem a avaliação constante da qualidade das águas
subterrâneas e a tomada de decisões em caso de eventuais infiltrações.
CLASSES DOS
RESÍDUOS ( NBR-10.007 da ABNT-2004)
Classe I - Resíduos Perigosos:
são aqueles que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente, exigindo
tratamento e disposição especiais em função de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.
Classe II - Resíduos Não
Perigosos
ü Classe II A Não-inertes: São os resíduos que não se
enquadram nas classificações Classe I (Perigosos) ou Classe II B (Inertes).
Podem ter propriedades tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou
solubilidade em água.
Classe II B- Resíduos Inertes:
são aqueles que, ao serem submetidos aos testes de solubilização (NBR-10.007 da
ABNT), não têm nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações
superiores aos padrões de potabilidade da água. Isto significa que a água
permanecerá potável quando em contato com o resíduo. Muitos destes resíduos são
recicláveis.
Segundo
a ABNT NBR 10007, e submetidos a um contato dinâmico e estático com água
destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, conforme a ABNT NBR 10006,
não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações
superiores aos padrões de potabilidade da água, excetuando-se aspecto, cor,
turbidez, dureza e sabor Estes resíduos não se degradam ou não se decompõem
quando dispostos no solo (se degradam muito lentamente). Estão nesta
classificação, por exemplo, os entulhos de demolição, pedras e areias retirados
de escavações.
Apresentam um ou mais elementos acima do limite permitido na teste de
solubulização e ou propriedades como:~
ü
Combustibilidade
ü
biodegradabilidade
ü
solubilidade
em água
RESÍDUOS
TÓXICOS
São considerados
resíduos tóxicos as pilhas não-alcalinas, baterias, tintas e solventes,
remédios vencidos, lâmpadas fluorescentes, inseticidas, embalagens de
agrotóxicos e produtos químicos, as substâncias não biodegradáveis estão
presentes nos plásticos, produtos de limpeza, em pesticidas e produtos
eletroeletrônicos, e na radioatividade desprendida pelo urânio e outros metais
atômicos, como o césio, utilizados em usinas, armas nucleares e equipamentos
médicos. O cádmio, níquel, mercúrio e chumbo são os principais contaminantes. A
separação adequada desses materiais é muito importante para evitar a
contaminação do solo e dos lençóis freáticos. As pessoas devem tomar alguns
cuidados básicos para embalar este tipo de resíduo: acondicionar em sacos
plásticos bem fechados, guardá-los em local arejado e protegido do sol, das
crianças e dos animais. Os materiais que podem ser reciclados são encaminhados
a Centrais de Tratamento específicas. Os medicamentos vencidos, restos de tinta
e verniz, e embalagens de inseticidas, que ainda não podem ser reciclados,
ficam armazenados no aterro industrial em condições adequadas, para evitar a
contaminação do meio ambiente. Esses resíduos são tratados por meio de
encapsulamento.
Citamos abaixo
alguns contaminantes que conferem periculosidade aos resíduos:
METAIS PESADOS
METAIS PESADOS
São metais quimicamente altamente reativos e bio-acumulativos, ou seja, o organismo não é capaz de eliminá-los. São
definidos como um grupo de elementos situados entre o cobre e o chumbo na tabela periódica.
Os seres vivos necessitam de pequenas quantidades de
alguns desses metais, incluindo cobalto, cobre, manganês, molibdênio, vanádio, estrôncio, e zinco, para a
realização de funções vitais no organismo. Porém, níveis excessivos desses
elementos podem ser extremamente tóxicos. Outros metais pesados como o mercúrio, chumbo e cádmio
não possuem nenhuma função dentro dos organismos e a sua acumulação pode
provocar graves doenças. Quando lançados como resíduos industriais, na água, no solo ou no ar, esses
elementos podem ser absorvidos pelos vegetais e animais das proximidades,
provocando graves intoxicações ao longo da cadeia alimentar.
Metal pesado é um
termo geral aplicado para um grupo de metais que possuem densidade maior de 6
gramas por centímetro cúbico. Eles não são degradáveis, permanecendo no meio
ambiente por vários anos, tornando-se sempre um problema ambiental. Geralmente
são produzidos e lançados pelas indústrias. Entre eles podemos citar:
· Mercúrio: é cumulativo; possui meia vida de 80 a 100
anos no tecido nervoso; dose fatal fica entre 20 a 30 mg para o homem; é
encontrado na mineração, nos inseticidas, na metalurgia; sua intoxicação pode
ser com náuseas, dores abdominais, tremores musculares, inflamação na boca.
· Cromo: em alta concentração atua destruindo
enzimas metabólicas do nosso organismo; pode provocar câncer; é usado na
industrialização de tintas, cromagens.
· Chumbo: atua no sistema nervoso provocando
irritabilidade, na medula óssea causando anemia e na musculatura pode provocar
paralisia; é usado em fábricas de tintas, baterias, cerâmicas, metalurgias e
mineração.
· Cádmio: provoca o deslocamento do cálcio dos
ossos; em quantidades cumulativas provoca o encolhimento dos ossos o que é
muito doloroso; é encontrado em galvanoplastia e metalurgia de zinco.
·
Arsênio: produz efeitos nos
sistemas respiratório, cardiovascular, nervoso e hematopoiético. Tem sido
observada também a relação carcinogênica do arsênico com o câncer de pele e
brônquios. É utilizado como agente de fusão para metais pesados, em processos
de soldagens e na produção de cristais de silício e germânio. O arsênico é
usado na fabricação de munição, ligas e placas de chumbo de baterias elétricas.
Na forma de arsenito é usado como herbicida e como arsenato, é usado nos
inseticidas.
COLETA E DISPOSIÇÃO
FINAL DO LIXO
O lixo é coletado
ou pelas prefeituras ou por uma companhia particular e levado a um depósito,
juntamente com o lixo de outras residências da área. Lá pode haver uma certa
seleção - sobras de metal, por exemplo, são separadas e reaproveitadas. O resto
do lixo é enterrado em aterros apropriados. A grande São Paulo descarta 59% de
seu lixo por esse processo e para os lixões seguem 23%. Além dos aterros
sanitários existem outros processos na destinação do lixo, como, por exemplo, as
usinas de compostagem, os incineradores e a reciclagem.
ATERROS
Aterro é a disposição
ou aterramento do lixo sobre o solo e deve ser diferenciado, tecnicamente, em
aterro sanitário, aterro controlado e lixão ou vazadouro.
ATERRO
SANITÁRIO
É um processo
utilizado para a disposição de resíduos sólidos no solo, particularmente,lixo
domiciliar que fundamentado em critérios de engenharia e normas operacionais específicas,
permite a confinação segura em termos de controle de poluição ambiental,
proteção à saúde pública; ou, forma de disposição final de resíduos sólidos
urbanos no solo, através de confinamento em camadas cobertas com material
inerte, geralmente, solo , de acordo com normas operacionais específicas, e de
modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os
impactos ambientais.
Antes de se
projetar o aterro, são feitos estudos geológico e topográfico para selecionar a
área a ser destinada para sua instalação não comprometa o meio ambiente. É
feita, inicialmente, impermeabilização do solo através de combinação de argila
e lona plástica para evitar infiltração dos líquidos percolados, no solo. Os
líquidos percolados são captados (drenados) através de tubulações e escoados
para lagoa de tratamento. Para evitar o excesso de águas de chuva, são
colocados tubos ao redor do aterro, que permitem desvio dessas águas, do
aterro.A quantidade de lixo depositado é controlada na entrada do aterro
através de balança. Os gases liberados durante a decomposição são captados e
podem ser queimados com sistema de purificação de ar ou ainda utilizados como
fonte de energia (aterros energéticos).
Segundo a Norma
Técnica NBR 8419 (ABNT, 1984), o aterro sanitário não deve ser construído em
áreas sujeitas à inundação. Entre a superfície inferior do aterro e o mais alto
nível do lençol freático deve haver uma camada de espessura mínima de 1,5 m de
solo insaturado. O nível do solo deve ser medido durante a época de maior
precipitação pluviométrica da região. O solo deve ser de baixa permeabilidade (argiloso).
O aterro deve ser
localizado a uma distância mínima de 200 metros de qualquer curso d´água. Deve
ser de fácil acesso. A arborização deve ser adequada nas redondezas para evitar
erosões, espalhamento da poeira e retenção dos odores.
Devem ser construídos
poços de monitoramento para avaliar se estão ocorrendo vazamentos e
contaminação do lençol freático: no mínimo quatro poços, sendo um a montante e
três a jusante, no sentido do fluxo da água do lençol freático. O efluente da
lagoa deve ser monitorado pelo menos quatro vezes ao ano.
ATERRO
CONTROLADO
É uma técnica de
disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos ou riscos à
saúde pública e a sua segurança,
minimizando os impactos
ambientais. Este método utiliza princípios de engenharia
para confinar os
resíduos sólidos, cobrindo-os
com uma camada de material inerte
na conclusão de cada jornada de trabalho.
Esta forma de
disposição produz, em geral, poluição localizada, pois similarmente ao aterro
sanitário, a extensão da área de disposição é minimizada. Porém, geralmente não
dispõe de impermeabilização de base (comprometendo a qualidade das águas
subterrâneas), nem sistemas de tratamento de chorume ou de dispersão dos gases
gerados. Este método é preferível ao lixão, mas, devido aos problemas
ambientais que causa e aos seus custos de operação, a qualidade é inferior ao
aterro sanitário.
Na fase de
operação, realiza-se uma impermeabilização do local, de modo a minimizar riscos
de poluição, e a proveniência dos resíduos é devidamente controlada. O biogás é
extraído e as águas lixiviantes são tratadas. A deposição faz-se por células
que uma vez preenchidas são devidamente seladas e tapadas. A cobertura dos
resíduos faz-se diariamente. Uma vez esgotado o tempo de vida útil do aterro,
este é selado, efetuando-se o recobrimento da massa de resíduos com uma camada
de terras com 1,0 a 1,5 metro de espessura. Posteriormente, a área pode ser
utilizada para ocupações "leves" (zonas verdes, campos de jogos,
etc.).
LIXÃO
É um local onde há
uma inadequada disposição final de resíduos sólidos, que se caracteriza pela
simples descarga sobre o solo sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à
saúde pública. É o mesmo que descarga de resíduos a céu aberto sem levar em
consideração:
ü a área em que está
sendo feita a descarga;
ü o escoamento de líquidos formados, que
percolados, podem contaminar as águas superficiais e subterrâneas;
ü a liberação de gases, principalmente o gás
metano que é combustível;
ü o espalhamento de
lixo, como papéis e plásticos, pela redondeza, por ação do vento;
ü a possibilidade de
criação de animais como porcos, galinhas, etc. nas proximidades ou no local.
Os resíduos assim
lançados acarretam problemas à saúde pública, como proliferação de vetores de
doenças (moscas, mosquitos, baratas, ratos etc.), geração de maus odores e,
principalmente, a poluição do solo e das águas superficiais e subterrâneas
através do chorume (líquido de cor preta, mau cheiroso e de elevado potencial
poluidor produzido pela decomposição da matéria orgânica contida no lixo),
comprometendo os recursos hídricos.
Acrescenta-se a
esta situação, o total descontrole quanto aos tipos de resíduos recebidos
nesses locais, verificando-se, até mesmo, a disposição de dejetos originados
dos serviços de saúde e das indústrias.
Comumente, os
lixões são associados a fatos altamente indesejáveis, como a criação de porcos
e a existência de catadores (que, muitas vezes, residem no próprio local).
INCINERAÇÃO
A
incineração é um processo de decomposição térmica, onde há redução de peso, do
volume e das características de periculosidade dos resíduos, com a consequente
eliminação da matéria orgânica e características de patogenicidade (capacidade
de transmissão de doenças) através da combustão controlada. A redução de volume
é geralmente superior a 90% e em peso, superior a 75%.
Para a
garantia do meio ambiente a combustão tem que ser continuamente controlada. Com
o volume atual dos resíduos industriais perigosos e o efeito nefasto quanto à
sua disposição incorreto com resultados danosos à saúde humana e ao meio
ambiente, é necessário todo cuidado no acondicionamento, na coleta, no
transporte, no armazenamento, tratamento e disposição desses materiais.
Segundo
a ABETRE (Associação Brasileira de
Empresas de Tratamento, Recuperação e Disposição de Resíduos Especiais) no
Brasil, são 2,9 milhões de toneladas de resíduos industriais perigosos
produzidos a cada 12 meses e apenas 600 mil são dispostas de modo apropriado.
Do resíduo industrial tratado, 16% vão para aterros, 1% é incinerado e os 5%
restantes são co-processados, ou seja, transformam-se, por meio de queima, em
parte da matéria-prima utilizada na fabricação de cimento.O extraordinário
volume de resíduo não tratado segue para lixões, conduta que acaba provocando
acidentes ambientais bastante graves, além dos problemas de saúde pública. Os 2
milhões de resíduos industriais jogados em lixões significam futuras
contaminações e agressões ao meio ambiente, comenta Carlos Fernandes,
presidente da Abetre. No Estado de São Paulo, por exemplo, já existem, hoje,
184 áreas contaminadas e outras 277 estão sob suspeita de contaminação.
A
recente Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) realizada pelo IBGE
colheu dados alarmantes quanto ao destino das 4.000 toneladas de resíduos
produzidos pelos serviços de saúde, coletadas diariamente e provenientes dos
5.507 municípios brasileiros. Apenas 14% das prefeituras pesquisadas afirmaram
tratar do lixo de saúde de forma adequada. Este tipo de lixo “é um reservatório
de microorganismos potencialmente perigosos, afirma documento da OMS
(Organização Mundial da Saúde).
Para
os resíduos de saúde classificados como patogênicos, por exemplo, uma das
alternativas consideradas adequadas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama) é a incineração. A redução de passivos ambientais constituídos por
resíduos perigosos tem encontrado na incineração em alta temperatura, a melhor
técnica disponível e mais segura, confirma engenheiro químico de uma empresa.
No Brasil, a
destruição de resíduos pela via do tratamento térmico pode contar com os
incineradores industriais e com o co-processamento em fornos de produção de
clinquer (cimenteiras). A Resolução Conama 264/99 não permite que os resíduos
domiciliares brutos e certos resíduos perigosos venham a ser processados em
cimenteiras, tais como os provenientes dos serviços de saúde, os rejeitos
radioativos, os explosivos, os organoclorados, os agrotóxicos e afins.
COMPOSTAGEM
A compostagem é o
processo de reciclagem da matéria orgânica formando um composto.
A compostagem propicia um destino útil para
os resíduos orgânicos, evitando sua acumulação em aterros e melhorando a
estrutura dos solos. Esse processo permite dar um destino aos resíduos
orgânicos domésticos, como restos de comidas e resíduos do jardim.
A compostagem é
largamente utilizada em jardins e hortas, como adubo orgânico devolvendo à
terra os nutrientes de que necessita, aumentando sua capacidade de retenção de
água, permitindo o controle de erosão e evitando o uso de fertilizantes sintéticos.
Quanto maior a
variedade de matérias existentes em uma compostagem, maior vai ser a variedade
de microorganismos atuantes no solo.Para iniciantes, a regra básica da
compostagem é feita por duas partes, uma animal e uma parte de resíduos
vegetais.
Os materiais mais
utilizados na compostagem são cinzas, penas, lixo doméstico, aparas de grama,
rocha moída e conchas, feno ou palha, podas de arbustos e cerca viva, resíduos
de cervejaria, folhas, resíduos de couro, jornais, turfa, acículas de pinheiro,
serragem.
CARACTERÍSTICAS
DO COMPOSTO HÚMICO
O composto é
biologicamente estável e pouco agressivo aos organismos do solo e plantas, e é
utilizado para melhorar as características do solo e aumentar a produção de
vegetais, por exemplo em hortas.
O composto maturado
tem aspecto marrom, com pouca umidade e cheiro de terra mofada.
Ao esfregá-lo com
as mãos, elas se sujam, porém o composto se solta facilmente.
O composto deixa o
solo mais "fofo" e leve, possibilitando que as raízes utilizem água e
nutrientes mais facilmente.
As substâncias
húmicas existentes no composto têm a capacidade de reter água e nutrientes,
agindo assim, como uma esponja. Desta forma, as plantas podem utilizar a água e
nutrientes, favorecendo o seu desenvolvimento. Por isso o composto é chamado
também de fertilizante do solo.
A água e os
nutrientes retidos tornam o solo melhor estruturado, necessitando de menos
irrigação, economizando energia e tornando-se mais resistente a erosão.
Aumenta a
capacidade de troca de nutrientes.
Ajuda na fertilidade
do solo devido à presença de nutrientes minerais (N, K, Ca, Mg, S e
micronutrientes). Para o nitrogênio, potássio e fósforo (NKP) encontram-se
valores médios de 1%, 0,8% e 0,5%, respectivamente.
USO
DO COMPOSTO
O composto é usado
em solo como corretivo orgânico, principalmente de solos argilosos e arenosos,
pobres em matéria orgânica. A matéria orgânica deixa o solo mais fofo e leve,
possibilitando que as raízes utilizem a água e os nutrientes mais facilmente.
Aplicando o composto uma ou duas vezes por ano, a produtividade do solo
aumenta.
USINAS
DE COMPOSTAGEM DE LIXO NO BRASIL
Segundo dados do
IBGE referente a 1989, publicados em 1992, existem 80 usinas de compostagem no
Brasil, mas infelizmente a maioria delas está desativada por falta de uma política
mais séria, além da falta de preparo técnico no setor. Inclusive, na maioria
dessas usinas, as condições de trabalho são precárias, o aspecto do local é
muito sujo e desorganizado e não existe controle de qualidade do sistema de
compostagem e nem do composto a ser utilizado em solo destinado à agricultura.
Muitas usinas de
compostagem estão acopladas ao sistema de triagem de material reciclável. Por
isso é comum as usinas possuírem espaços destacados para esteiras de catação,
onde materiais como papel, vidro, metal, plástico são retirados, armazenados e
depois vendidos.
A qualidade do
composto produzido na maioria das vezes é ruim tato no grau de maturação,
quanto na presença de material que compromete o aspecto estético e material
poluente como metais pesados.
A compostagem no
Brasil vem sendo tratada apenas sob perspectiva de "eliminar o lixo
doméstico" e não como um processo industrial que gera produto,
necessitando de cuidados ambientais, ocupacionais, marketing, qualidade do
produto, etc. Tanto isso é verdade que quando as usinas são terceirizadas, as
empreiteiras pagam por lixo que entra na usina e não por composto que é vendido
e o preço, que muitas usinas cobram, é simbólico. A compostagem no Brasil
precisa ser encarada mais seriamente.
RECICLAGEM
É o resultado de uma série de atividades
através das quais materiais que se tornariam lixo ou estão no lixo são
desviados, sendo coletados, separados e processados para uso como matéria-prima
na manufatura de bens, feitos anteriormente apenas com matéria-prima virgem.
Como benefícios da reciclagem podemos citar:
·
Diminui
a quantidade de lixo a ser aterrado (consequentemente aumenta a vida útil dos
aterros sanitários);
·
Preserva
os recursos naturais;
·
Economiza
energia;
·
Diminui
a poluição do ar e das águas;
·
Gera
empregos, através da criação de indústrias recicladoras.
A reciclagem, no entanto, não pode ser
vista como a principal solução para o lixo. É uma atividade econômica que deve
ser encarada como um elemento dentro de um conjunto de soluções. Estas são
integradas no gerenciamento do lixo, já que nem todos os materiais são técnicas
ou economicamente recicláveis. A separação de materiais do lixo aumenta a
oferta de materiais recicláveis. Entretanto, se não houver demanda de produtos
reciclados por parte da sociedade o processo é interrompido, os materiais
abarrotam os depósitos e, por fim, são aterrados ou incinerados como rejeitos.
Apenas quando estiverem esgotadas as
alternativas de redução de consumo, reuso e reciclagem é que se deve fazer a
opção pelo tratamento, levando-se em consideração o ônus ambiental de cada
alternativa que possa vir a ser adotada. O mesmo raciocínio vale para o setor produtivo, onde a busca por
tecnologias menos impactantes, chamadas também “limpas” , é essencial para a
manutenção da qualidade de vida do planeta. Tais tecnologias devem ser
avaliadas dentro de uma ótica do ciclo de vida dos produtos, ou seja,
levando-se em conta todos os impactos ambientais envolvidos desde a primeira
etapa de obtenção de matéria-prima, passando-se pela fabricação, utilização,
alternativa de reuso, reciclagem e alternativas de disposição final do produto
quando o mesmo não se prestar mais a fim algum.
COLETA
SELETIVA
É um sistema de
recolhimento de materiais recicláveis, tais como papéis, plásticos, vidros,
metais e orgânicos, previamente separados na fonte geradora. Estes materiais
são vendidos às indústrias recicladoras ou aos sucateiros.
As quatro
principais modalidades de coleta seletiva são: domiciliar, em postos de entrega
voluntária, em postos de troca e por catadores.
TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DO LIXO NA
NATUREZA
-
PAPEL DE 3 A 6 MESES
-
PANO DE 6 A 1 ANO
-
FILTRO DE CIGARRO 5 ANOS
-
CHICLETES 5 ANOS
-
MADEIRA PINTADA 13 ANOS
-
PLÁSTICO MAIS DE 100 ANOS
-
METAL MAIS DE 100 ANOS
-
BORRACHA TEMPO INDETERMINADO
CURIOSIDADES
ü Cinquenta quilos de papel reciclado poupam o corte de
uma árvore de eucalipto se seis anos de idade.
ü Reciclando metais e alumínio, evita-se a retirada de
cinco toneladas de bauxita para fabricar uma tonelada de alumínio.
Este é o símbolo internacional da reciclagem. As três setas representam
os três grupos que precisam trabalhar em conjunto para que a reciclagem
funcione:
ü as empresas que fabricam o produto;
ü os consumidores que irão utilizar o produto;
ü e as usinas de reciclagem que irão trabalhar o produto
e recoloca-lo no mercado.
TÉCNICAS
|
VANTAGENS
|
DESVANTAGENS
|
ATERRO SANITÁRIO
|
-
Respeitadas as rigorosas normas de instalação e funcionamento constitui uma
técnica ambientalmente confiável;
-
Baixo custo operacional;
|
-
Comprometimento físico de áreas extensas;
- Se
não for rigorosamente administrado, ele pode transforma-se num foco e
difundir todo tipo de organismo patogênicos (baratas, ratos, insetos);
-
Explorada isoladamente, não há reciclagem de vários materiais de interesse;
|
INCINERAÇÃO
|
-
Reduz significativamente o volume original;
-
Produz um resíduo sólido estéril;
-
Processo em si é higiênico quanto a proliferação de organismos patogênicos;
-
Apropriado para lixo hospitalar;
-
Pode-se obter energia;
|
- A
heterogeneidade do lixo pode trazer sérios problemas ao incinerador;
-
Pode se tornar uma fonte de poluição atmosférica;
-
Sem separação do lixo, há desperdício de materiais reaproveitáveis;
|
COMPOSTAGEM
|
-
Reduz o volume do lixo;
- O
produto final (composto) pode ser usado como adubo e como cobertura de
aterros sanitários;
- Obrigatoriamente
há uma classificação do lixo, podendo esta se constituir uma fonte de renda;
|
- Relativa as
técnicas há baixa taxa (velocidade) de processamento;
- Emissão de gases
malcheirosos para a atmosfera;
|
RECICLAGEM
|
-
Minimização do impacto ambiental;
-
Reaproveitamento de diversos materiais;
-
Desenvolvimento de Know-how em recuperação de papel, plástico e metal;
|
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½ ¼ ¾ ½ ⅓ ⅔ ⅛ ⅜ ⅝ ⅞ ² ³ ¹ º ª ₁ ₂ ₃ ₄ ≈ ≠ ≡ ∀ ∃ ⇒ ⇔ → ↔
∈∋∧ ∨ ⊂ ⊃ ∩ ∪ − + × ± ∓ ÷ √ ∛ ∜ ⊿∟ ∠→ ↑ ↓ ↕ ← ≤ ≥
outros
√ ∇ ∂ ∑ ∏ ∫ ≠ ≤ ≥ ∼ ≈ ≅ ≡ ∝ ⇒ ⇔ ∈ ∉ ⊂ ⊃ ⊆ ⊇ \ ∩ ∪ ∧ ∨ ∀ ∃ ℜ ℑ