Estratégias utilizadas para
o controle organizacional do LEQG:
Para
que o Laboratório de Química Geral esteja sempre organizado, algumas regras são
adotadas, semestralmente, de forma a facilitar o controle e a limpeza de
bancadas e vidrarias. Dessa forma, todas as turmas poderão estudar em um
ambiente mais limpo e mais seguro:
1-
Nas primeiras aulas, serão formados os grupos de alunos, os quais deverão ser FIXOS,
isto é, deverão trabalhar juntos ao longo de todo o semestre, salvo em
circunstâncias excepcionais. Isso facilitará o controle organizacional do
laboratório, que será feito pelo professor e pelo técnico, no caso de haver
eventuais problemas, como quebra de vidraria ou existência de materiais sujos
e/ou fora das gavetas e armários. Cada professor deverá tomar as providências
necessárias, de acordo com seu critério de avaliação, se forem detectadas
situações como as supracitadas. Isso evitará que os problemas encontrados se
repitam.
2-
Cada grupo de alunos terá 2 gavetas e 1 armário com os devidos materiais para
trabalhar ao longo do semestre, que deverão estar sempre limpos e organizados.
O aluno deverá zelar por seus materiais!
3- O
grupo deverá guardar sempre sua vidraria, mesmo molhada, de volta ao local de
onde ela foi retirada. Cada gaveta e cada armário possuem etiquetas indicando o
local exato desses materiais.
4-
Os alunos deverão limpar seus materiais de trabalho ANTES e DEPOIS de realizar
o experimento. Não é recomendável confiar na lavagem de outras pessoas.
Qualquer contaminação existente poderá comprometer o resultado da prática.
5-
Caso sejam encontrados problemas, como falta/quebra de vidraria, falta de
reagentes, dúvidas com respeito a algum equipamento, etc., o técnico ou o
professor deve ser chamado.
6-
Os materiais NUNCA devem ser retirados de outros grupos, mesmo daqueles
em que não houver alunos trabalhando, sem consulta prévia ao técnico. Isso
evitará que outras turmas encontrem as gavetas desorganizadas.
7- Quando terminar o experimento, antes de ir embora do
laboratório, o aluno deverá chamar o técnico para que este verifique se todo o
material foi corretamente guardado e limpo em suas devidas gavetas e/ou
armário.
INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA
O
laboratório é um dos principais locais de trabalho do químico. Existe certo
risco associado ao trabalho em laboratórios de química de um modo geral, uma
vez que os indivíduos ficam mais frequentemente expostos a situações
potencialmente perigosas.
Os
principais acidentes em laboratórios de química se devem a ferimentos
provocados pela quebra de peças de vidro ou por contatos com substâncias
cáusticas, incêndios com líquidos inflamáveis. É preciso, então, planejar
cuidadosamente o trabalho a ser realizado e proceder adequadamente no
laboratório a fim de minimizar riscos. Também, deve-se sempre procurar conhecer
as propriedades toxicológicas das substâncias com que se trabalha, em termos
agudos e crônicos, e, caso as substâncias sejam desconhecidas, deve-se tomar os
cuidados necessários para evitar eventuais intoxicações. Dentro dos limites do
bom senso, ao se trabalhar no laboratório, deve-se considerar toda substância
como potencialmente perigosa e evitar contatos diretos, seja por inalação, por
ingestão ou por contato com a pele.
Além
da redução dos riscos de acidentes e intoxicação, é necessário ainda estar
atento à possibilidade de contaminações por substâncias que possam interferir
nos resultados. Uma maneira para reduzir essas contaminações é manter
vestuário, bancadas e materiais rigorosamente limpos.
Neste
contexto, regras elementares de segurança e conduta devem ser observadas no
trabalho de laboratório, a fim de reduzir os riscos de acidentes, tais como:
Cortes por manejo inadequado de vidraria;
Espalhamento de substâncias corrosivas ou cáusticas;
Incêndios;
Explosões;
Inalação de gases ou vapores nocivos;
Contato de produtos químicos com a pele ou mucosa.
Regras
Gerais de Segurança e Conduta no Laboratorio Químico
1.
Verifique o local e o funcionamento dos dispositivos de segurança no
laboratório (extintores de incêndios, chuveiros de emergência, saída de
emergência, etc.).
2.
Trabalhe com atenção, calma e prudência.
3.
Realize somente experimentos autorizados pelo professor responsável.
4.
Leia com atenção e previamente os roteiros das experiências a serem realizadas.
5.
Vista roupa e calçados adequados e use óculos de segurança. Se tiver cabelos
compridos, mantenha-os presos atrás da cabeça.
6.
Todas as substâncias, de certo modo, podem ser nocivas ou perigosas e,
portanto, devem ser tratadas com cautela e respeito. Evite o contato direto com
as substâncias do laboratório.
7.
Lave as mãos após o eventual contato com as substâncias e ao sair do
laboratório.
8.
Não coma, não beba e não fume dentro do laboratório (não fume em lugar nenhum).
9.
Utilize somente reagentes disponíveis na sua bancada de trabalho ou aqueles
eventualmente fornecidos pelo instrutor. Não utilize reagentes de identidade
desconhecida ou duvidosa.
10.
Mantenha sua bancada de trabalho organizada e limpa.
11.
Não despeje as substâncias indiscriminadamente na pia. Informe-se sobre como
proceder a remoção ou o descarte adequado.
12.
Não jogue na pia papéis, palitos de fósforo ou outros materiais que possam
provocar entupimento.
13.
Trabalhos que envolvem a utilização ou formação de gases, vapores ou poeiras
nocivas devem ser realizados dentro de uma capela de exaustão.
14.
Trabalhos que envolvem substâncias inflamáveis (geralmente solventes diversos)
exigem cuidados específicos.
15.
Tenha cuidado com o manuseio de vidraria. O vidro é frágil e fragmentos de
peças quebradas podem causar ferimentos sérios. Tome cuidado ao aquecer material
de vidro, pois a aparência deste é a mesma, quente ou frio.
16.
Nunca realize reações químicas nem aqueça substâncias em recipientes fechados.
17.
Tenha cuidado com a utilização de bicos de gás. Não os deixe acesos
desnecessariamente. Perigo de incêndio! Evite o vazamento de gás, fechando a
torneira e o registro geral ao final do trabalho.
18.
Tenha cuidado com o uso de equipamentos elétricos. Verifique a voltagem antes
de conectá-los. Observe os mecanismos de controle, especialmente para elementos
de aquecimento (chapas, mantas, banhos, fornos, estufas, etc).
19.
Ao aquecer um tubo de ensaio, não volte a extremidade do mesmo para si ou para
uma pessoa próxima e nunca olhe diretamente dentro de um tubo de ensaio ou
outro recipiente onde esteja ocorrendo uma reação, pois o conteúdo pode
espirrar nos seus olhos.
20.
Comunique imediatamente ao professor responsável qualquer acidente ocorrido
durante a execução dos trabalhos de laboratório.
Relação
de Substâncias e Materiais Perigosos
A
relação de substâncias e materiais perigosos, apresentada a seguir, não
pretende ser exaustiva, limitando-se apenas à indicação dos produtos mais
comumente utilizados em laboratórios de Ensino de Química.
Solventes
inflamáveis
Muitos
solventes usados no laboratório químico, como acetona, benzeno, etanol, éter
etílico, éter de petróleo, hexano, metanol, tolueno, etc., são inflamáveis.
Regras
gerais de segurança em trabalhos que envolvem o uso de solventes inflamáveis
1.
Não fume no laboratório;
2.
Realize a transferência de solventes distante de qualquer chama aberta (bico de
Bunsen, etc.). Quando possível, realize essa operação dentro de uma capela;
3.
Após retirar a quantidade necessária de solvente, feche bem a garrafa de
reserva a guarde-a em lugar adequado;
4.
Aquecimento de solventes inflamáveis (em operações de refluxo, destilação,
extração, evaporação, etc.) deve ser efetuado com dispositivos adequados tais
como banho de água ou banho de óleo; evite uso de chama aberta ou chapa
elétrica direta.
Em
caso de incêndio com solventes, tome as seguintes providências:
1.
Afaste-se das imediações do fogo e tente apagá-lo com um extintor adequado (gás
carbônico ou pó químico); água não é recomendável para apagar incêndios com
solventes;
2.
Desligue os dispositivos elétricos através do interruptor geral;
3.
Feche a torneira geral de abastecimento de gás;
4.
Se a roupa de uma pessoa pegar fogo, deita-a no chão e cubra as chamas mediante
um cobertor adequado;
5.
Em caso de queimaduras, procure imediatamente atendimento médico (não tente
medicar as queimaduras por conta própria).
· Gases e vapores nocivos
Trabalhos que envolvem a
utilização, produção, desprendimento ou emissão de gases, vapores ou poeiras
tóxicos ou agressivos devem ser sempre realizados dentro de uma capela de
exaustão!
A seguinte relação
apresenta alguns gases e vapores nocivos:
- Amoníaco (NH3), gás irritante.
- Benzeno (C6H6), líquido volátil (p. eb. 80 ºC), tóxico.
- Brometo de hidrogênio (HBr), gás irritante e agressivo.
- Bromo (Br2), líquido volátil (p. eb. 59 ºC), tóxico e irritante.
- Cloreto de hidrogênio (HCl), gás irritante e agressivo.
- Cloro (Cl2), gás tóxico, irritante e agressivo.
- Clorofórmio ou triclorometano (CHCl3), líquido volátil (p. eb. 62 ºC), tóxico.
- Diclorometano (CH2Cl2), líquido volátil (p. eb. 40 ºC), tóxico.
- Dióxido de enxofre (SO2), gás tóxico e irritante.
- Dióxido de nitrogênio (NO2), gás tóxico e irritante.
- Formaldeído (CH2O), gás irritante.
- Hexano (C6H12), líquido volátil (p. eb. 69 ºC), tóxico.
- Metanol (CH3OH), líquido volátil (p. eb. 65 ºC), tóxico.
- Monóxido de carbono (CO), gás tóxico.
- Monóxido de nitrogênio (NO), gás tóxico.
- Sulfeto de hidrogênio (H2S), gás tóxico.
- Tetracloreto de carbono ou tetraclorometano (CCl4), líquido volátil (p. eb. 77 ºC), tóxico.
Vapores de mercúrio são
tóxicos. Portanto, deve-se evitar o derramamento de mercúrio no laboratório. Em
caso de quebra de termômetros, o mercúrio deve ser recolhido conforme
indicações do instrutor.
Substâncias
cáusticas
Muitas substâncias são
cáusticas e podem causar sérias sequelas na pele ou nos olhos. Portanto, o
contato das mesmas com a pele deve ser terminantemente evitado. Alguns exemplos
de substâncias muito cáusticas:
1. Todos os ácidos
concentrados, especialmente flourídrico, perclórico, sulfúrico, sulfocrômico,
clorídrico, nítrico e outros;
2. Todas as bases
concentradas tais como hidróxido de sódio ou de potássio, carbonato de sódio ou
de potássio, amônia, aminas e outras;
3. Oxidantes fortes
concentrados, tais como água oxigenada, e outros;
4. Outras substâncias
cáusticas: bromo, metais alcalinos, pentóxido de fósforo, formaldeído, fenol,
etc.
Substâncias
explosivas
Certas substâncias químicas, tais como hidrazina, hidroxilamina,
certos peróxidos, etc., podem sofrer decomposição espontânea de forma
explosiva, induzida por aquecimento, catalisadores ou um simples toque mecânico.
Tais substâncias não devem ser utilizadas ou produzidas em forma pura ou
concentrada no laboratório de ensino.
· Misturas explosivas
de gases e vapores combustíveis
Todos os gases combustíveis, como gás
liquefeito de petróleo (GLP), hidrogênio, metano, monóxido de carbono, propano,
sulfeto de hidrogênio etc, assim como vapores de líquidos inflamáveis, podem
formar misturas explosivas com oxigênio.
· Reações químicas
violentas
Certas reações químicas exotérmicas
(que liberam calor) podem ocorrer de forma violenta ou até explosiva, caso
sejam realizadas com substâncias concentradas e sem as devidas precauções:
1. Reações de neutralização entre
ácidos e bases concentrados;
2.
Reações de substâncias
oxidáveis (compostos orgânicos em geral, metais em pó, enxofre e fósforo
elementar) com oxidantes fortes, tais como:
· Ácido nítrico e nitratos
· Ácido perclórico e percloratos
· Ácido sulfúrico concentrado
· Cloratos
· Cromatos e dicromatos
· Permanganatos
· Peróxido de hidrogênio e outros
peróxidos
3. Certas substâncias reagem
violentamente com água:
· Sódio e potássio metálicos (reação com
evolução de hidrogênio. Cuidado: perigo de incêndio!)
· Ácido sulfúrico concentrado (calor de
hidratação, espirramento de ácido).
Orientações para Mistura Segura de
Substâncias
· Nunca misture ácidos concentrados com
bases concentradas!
· Nunca misture oxidantes fortes com
substâncias oxidáveis!
· Para diluir ácidos concentrados, nunca
adicione água ao ácido concentrado, mas, sim, acrescente o ácido lentamente à
água, sob agitação! Veja Artigo de D. Todd na revista Journal of Chemical
Education vol. 70, pág. 1022 (1993).
Referências
Esse texto foi retirado e modificado
da referência: · Bessler, K. E.;
Neder, A. V. F. Química em Tubos de Ensaio: uma abordagem para principiantes.
Blucher, 2004.
Informações detalhadas sobre produtos
químicos perigosos podem ser encontradas nas seguintes obras:
1.
The Merck Index – an Encyclopedia of Chemicals, Drugs and Biologicals. Merck
& Co. Inc., 11th Edition
(1989).
2.
M. Sittig: Handbook of Toxic and Hazardous Chemical and Carcinogens. Noyes
Publications, Park Ridge, N. J., 2nd Edition
(1985).
3.
G.Weiss: Hazardous Chemical Data Book Data Book. Noyes Data Corporation, Park
Ridge N. J. (1986).
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∈∋∧ ∨ ⊂ ⊃ ∩ ∪ − + × ± ∓ ÷ √ ∛ ∜ ⊿∟ ∠→ ↑ ↓ ↕ ← ≤ ≥
outros
√ ∇ ∂ ∑ ∏ ∫ ≠ ≤ ≥ ∼ ≈ ≅ ≡ ∝ ⇒ ⇔ ∈ ∉ ⊂ ⊃ ⊆ ⊇ \ ∩ ∪ ∧ ∨ ∀ ∃ ℜ ℑ