A água de abastecimento urbano
("água de torneira") não tem pureza suficiente para muitas aplicações
específicas como uso em laboratórios, preparação do banho de hemodiálise,
produção de medicamentos e alguns produtos químicos específicos, produção de
determinados componentes eletrônicos, alimentação de caldeiras, sistemas de
geração de vapor, sistemas de refrigeração etc.
No caso específico de pesquisas e
análises em geral, os pesquisadores analíticos comumente estão envolvidos com
elementos e compostos presentes ao nível de ppb (partes por bilhão) na água e
outros materiais. Os métodos analíticos usados em pesquisa biológica são freqüentemente
sensíveis a vários contaminantes, particularmente metais pesados, matéria
orgânica dissolvida e microorganismos. A cromatografia líquida de alta
resolução (HPLC – high performance liquid cromatography) requer água
ultrapura para calibração das linhas-base do detector e para eluição das
colunas de fase reversa.
A análise de traços de metais requer
água isenta dos elementos a serem determinados, purificada, preferencialmente,
através de um sistema que inclua a deionização.
PADRÕES
DE QUALIDADE DE ÁGUA PARA LABORATÓRIO
Para atender a crescente sensibilidade
exigida em suas pesquisas, várias organizações profissionais têm estabelecido
padrões de qualidade de água. Esses grupos, nos Estados Unidos, incluem o National
Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS - Comitê Nacional
para Padrões de Laboratórios Clínicos), o College of American Pathologists (CAP
- Colegiado dos Patologistas Americanos), a Association for Advancement of
Medical Instrumentation (Associação para o Avanço da Instrumentação Médica-
AAMI) e a American Society for Testing and Materials (ASTM
- Sociedade Americana para Ensaios e Materiais); a nível internacional, podemos
citar, entre outros, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e órgãos específicos
da Comunidade Econômica Européia. Como exemplo, o NCCLS especificou
quatro tipos de água, de acordo com suas respectivas aplicações, que são
definidos a seguir:
2.1- Água
Tipo I: pode ser
considerada como a água de qualidade “ideal”, isto é, a água com a melhor
qualidade possível de ser obtida com a tecnologia disponível atualmente para
tratamento e purificação de água. Deve ser usada em métodos de análise que
requeiram mínima interferência e máximas precisão e exatidão (absorção atômica,
espectrometria de emissão de chama, traços de metais, procedimentos enzimáticos
sensíveis a traços de metais, eletroforese, cromatografia líquida de alta
resolução, fluorometria); preparação de soluções-padrão e de soluções tampão;
processos onde a presença de microorganismos deve ser mínima.
A água tipo I deve ser usada no
momento em que é produzida; não deve ser estocada, pois sua resistividade diminui,
podendo ocorrer lixiviação de metais e/ou compostos orgânicos do frasco de
estocagem e também desenvolvimento / contaminação bacteriana.
- Água
Tipo II: métodos
analíticos e processos onde é tolerada a presença de bactérias: reagentes em
geral, sistemas de microbiologia e métodos / processos aos quais não é
necessário o uso da água tipo I e da água para aplicações especiais.
- Água
Tipo III: para
lavagem de vidraria em geral, produção de água de maior grau de pureza e
preparação de culturas bacteriológicas.
- Água
para Aplicações Especiais: utilizada
em procedimentos que requerem a remoção de contaminantes específicos - remoção
de pirogênicos para cultura de tecidos / células e remoção de traços de
orgânicos para cromatografia líquida de alta resolução.
CONTAMINANTES
PRESENTES MAIS FREQÜENTEMENTE NA ÁGUA
A seguir, são descritos os 5 tipos de
contaminantes encontrados comumente na água; O item 8 deste capítulo discorre
mais detalhadamente sobre os métodos para determinar sua presença e
concentração.
3.1- Material
Particulado: inclui, principalmente, sílica,
resíduos desagregados do metal de tubulação e colóides. Estas partículas em
suspensão podem entupir filtros, válvulas, tubos e membranas de ultrafiltração
e de osmose reversa. O material particulado é visível como uma névoa ou
turbidez e é detectado através de filtração combinada com métodos gravimétricos
ou através de microscopia.
- Materiais
Inorgânicos Dissolvidos (sólidos e gases):
íons cálcio e
magnésio (Ca++ e Mg++) dissolvidos de formações rochosas; gases, como o dióxido de carbono (CO2), que se
ioniza na água e forma ácido carbônico; silicatos lixiviados de leitos arenosos
de rios ou de recipientes de vidro; íons ferroso (Fe++) e férrico (Fe+++),
liberados de tubos e superfícies de ferro; íons cloreto e fluoreto, de estações
de tratamento de água; fosfatos, de detergentes e fertilizantes; nitratos, de
fertilizantes; íons alumínio, manganês, cobre etc. Há vários testes para
identificar substâncias inorgânicas específicas; o mais simples deles é a
medida direta da condutividade ou da resistividade elétrica. A maioria das
substâncias inorgânicas dissolvidas tem carga elétrica, positiva (cátions) ou
negativa (ânions), e transmitem corrente elétrica quando se mergulha eletrodos
na água e se aplica voltagem nos mesmos. Quanto maior for a quantidade de íons
presentes, maior será a condutividade e menor será a resistividade.
A condutividade é medida em microsiemens
/ cm e é mais adequada para água com grande quantidade de íons; a
resistividade é medida em megohm.cm e é mais adequada para água com poucos íons
dissolvidos. Ambas as medidas são recíprocas; assim, a 25º C, uma água com
resistividade = 18,2 megohm.cm tem condutividade = 0,055 microsiemens / cm -
esta é a água de mais elevada pureza que se consegue obter com a tecnologia
atual.
- Materiais
Orgânicos Dissolvidos: pesticidas, herbicidas, gasolina,
solventes e compostos orgânicos em geral, resíduos de tecidos animais e
vegetais; também pode haver resíduos de revestimentos internos de tubulações,
conexões e tanques de estocagem, decorrentes da lixiviação de tais superfícies;
note-se que esse último caso decorre de falha no projeto e / ou na fabricação
do sistema de purificação de água; portanto, cada sistema deve ser projetado
não só para remover o máximo de contaminantes como também para minimizar a
incorporação dos mesmos à água. É importante utilizar água isenta de
contaminantes orgânicos em análises de substâncias orgânicas via HPLC,
cromatografia gasosa, eletroforese e fluoroscopia e em pesquisas envolvendo
cultura de tecidos. Para se determinar os níveis de contaminantes orgânicos
presentes na água tipo I são usados os analisadores de carbono orgânico total,
que oxidam os compostos orgânicos e medem o CO2 liberado.
- Microorganismos: a água de superfície contém grande variedade de
microorganismos, incluindo bactérias, protozoários, algas e outros. Considerando
que a maioria da água vem de estações municipais, onde sofre tratamento
intensivo para remoção de microorganismos, os principais micróbios concernentes
aos sistemas de purificação de água são as bactérias. Estas penetram nos
sistemas de purificação através da água de alimentação, folgas de conexões,
vazamentos e trincas; no interior do sistema as bactérias segregam uma
substância polimérica que permite sua aderência a superfícies internas de
tanques e recipientes de estocagem, tanques e cartuchos de resinas de troca
iônica, tubulações e quaisquer outras superfícies de difícil limpeza. As
bactérias são usualmente detectadas e quantificadas por filtração da amostra de
água através de um filtro de porosidade de 0,45 micrometro e posterior cultura
desse filtro em meio adequado, durante alguns dias. As contagens de bactérias
são reportadas em UFC/ml (unidades formadoras de colônias por mililitro).
- Pirogênicos: são, tipicamente, fragmentos de
paredes de células bacterianas gram-negativas, ou lipopolisacarídeos. Quando
injetados em um mamífero, os pirogênicos causam um aumento na temperatura do
corpo. Assim, a água de grau farmacêutico e para uso em injetáveis deve ser
isenta de pirogênicos. Estes também têm efeito degenerador ou letal em culturas
de tecidos. Os pirogênicos são detectados por injeção da amostra de água em
cobaias e monitoramento de sua temperatura corporal; no caso de concentrações
muito baixas de lipopolisacarídeos, é usado o teste LAL (Limulus Amoebocite
Lysate), que é bastante sensível.
MÉTODOS
DE PURIFICAÇÃO
A tecnologia atual permite a
utilização de vários processos de purificação de água, sejam isolados, sejam
combinados, dependendo da qualidade da água bruta e da qualidade desejada para
a água tratada; os principais são: destilação; deionização; osmose reversa;
filtração; adsorção em carvão ativado; ultrafiltração; oxidação com radiação
ultravioleta; adsorção orgânica etc., sendo os principais descritos a seguir.
Deionização: é comumente utilizada nos
laboratórios para produzir água purificada de consumo rotineiro; funciona
através da adsorção das impurezas pelas resinas de troca iônica: as resinas
catiônicas trocam seus íons hidrogênio (H+) por contaminantes catiônicos
(cálcio, magnésio, ferro, alumínio, manganês, cobre, zinco, cromo, níquel e
outros metais e cátions diversos); as resinas aniônicas trocam seus íons
hidroxila (OH-)
por contaminantes aniônicos (sulfato, sulfito, sulfeto, clorato, clorito,
cloreto, nitrato, nitrito, fosfato, fluoreto e outros ânions, além da sílica).
As resinas de troca iônica são
polímeros orgânicos geralmente sulfonados e derivados do estireno e do
divinilbenzeno, na forma de pequenas partículas quase sempre esféricas
(diâmetro < 0,5 mm). Os principais fabricantes mundiais são a Bayer, Rohm
& Haas, Dow Química e Resintech, entre outros.
O processo consiste em passar a água
através de um leito dessas partículas, quando então os cátions e ânions
presentes na água vão deslocando e substituindo gradativamente os íons
hidrogênio e hidroxila ativos das mesmas, até saturá-las, ou seja, até que não
haja mais íons H+ e OH- para serem
substituídos: nesse ponto, a resina tem que ser regenerada, isto é, tratada
quimicamente de modo a se recuperar sua capacidade de troca iônica; o processo
de regeneração é exatamente o inverso da operação, quer dizer, promove a
substituição, nas partículas das resinas, dos cátions e ânions seqüestrados
durante a operação normal por íons H+ e OH-, respectivamente.
A deionização isoladamente não produz
água totalmente pura, pelos seguintes motivos:
a)
há
fuga de pequenos fragmentos de resina do sistema durante a operação;
b)
a
água estagnada nos tanques e cartuchos promove excessivo crescimento
bacteriano;
c)
não
remove alguns compostos orgânicos;
d)
não
remove toda a matéria orgânica dissolvida na água de alimentação e, de fato,
essa matéria orgânica pode colmatar (cobrir e bloquear) a resina.
Portanto, deve-se combinar a
deionização com outros processos de purificação para se conseguir o grau de
pureza de água necessário para pesquisa e análises de maiores precisão e
sensibilidade.
- Osmose
Reversa: a osmose
reversa pode ser melhor explicada após se entender o processo natural da
osmose. Osmose é o movimento da água
através de uma membrana semipermeável, do lado com menor concentração de
impurezas (mais puro) para o lado de maior concentração de impurezas (lado de
maior salinidade, menos puro). Esse movimento continua até que as concentrações
atinjam o equilíbrio ou que a pressão no lado mais concentrado se torne alta o
suficiente para impedir o fluxo.
A osmose é o processo natural pelo
qual a água é absorvida pelas raízes das plantas e se move de uma célula para
outra em nossos corpos.
Quando se aplica, na solução mais
concentrada, uma pressão maior do que a pressão osmótica, usando uma bomba de
alta pressão, as moléculas de água são empurradas de volta através da membrana
para o lado menos concentrado, o que resulta na purificação da água; este é o
processo da osmose reversa.
Eficiências da osmose reversa na remoção de contaminantes
CONTAMINANTE..................................Eficiências de remoção (%)
Sólidos suspensos..........................................................100
Bactérias.......................................................................99,5
Vírus............................................................................99,5
Pirogênicos....................................................................99,5
Substâncias orgânicas c/ massa molecular >250 Daltons.....97 - 99,5
Substâncias inorgânicas monovalentes..............................94 - 96
Substâncias inorgânicas divalentes....................................96 - 98
Substâncias inorgânicas trivalentes...................................98 - 99
Adsorção
Orgânica: seqüestra
contaminantes orgânicos presentes em concentrações ao nível de traços. Esse
processo permite obter água com menos de 20 ppb (20 partes por bilhão ou 0,02
mg/l) de carbono orgânico total. O cartucho de adsorção orgânica pode conter
resinas especiais e carvão ativado e é colocado geralmente no ciclo de
polimento (pós-tratamento) do sistema de purificação.
Filtração
Microporosa ou Submicrônica:
usa uma membrana ou fibra oca com porosidade de 0,2 micrometro que evita a
passagem de qualquer contaminante com diâmetro acima desse valor. Os filtros
submicrônicos retêm partículas de carvão do filtro de carvão ativado,
fragmentos de resina do sistema de deionização e bactérias que possam ter
penetrado no sistema. O CAP e o NCCLS
consideram que a água está livre de particulados quando ela tenha sido filtrada
através de filtro de porosidade = 0,2 micron.
Ultrafiltração: utiliza uma membrana que é muito
similar à utilizada em osmose reversa, exceto pelo fato de que os poros do
ultrafiltro são ligeiramente maiores. O ultrafiltro é utilizado para remover
pirogênicos da água purificada. Considerando que uma alta porcentagem da água
trazida ao ultrafiltro passa através dele, ele eventualmente irá entupir caso
não receba manutenção adequada. Em um sistema projetado adequadamente, o
ultrafiltro é regularmente lavado, tangencialmente, para eliminação dos
contaminantes.
Oxidação com Ultravioleta ou Foto-Oxidação: usa radiação UV com o comprimento de onda de
254 nm para eliminar bactérias do sistema. Também dissocia e ioniza certas
substâncias orgânicas a 185 nm para subseqüente remoção das mesmas por
deionização e adsorção orgânica no ciclo de polimento.
(1*) - A resistividade da água purificada por
destilação é 1 ordem de magnitude inferior à resistividade da água deionizada,
devido, principalmente, à presença de CO2 e, algumas vezes, de H2S, NH3 e outros gases ionizados presentes na água de
alimentação.
(2*) - O carvão ativado remove o cloro por
quimisorção (adsorção química).
(3*) - Quando usados em combinação com outros
processos de purificação, alguns tipos especiais de carvão ativado e outros
adsorventes sintéticos exibem excelentes capacidades de remoção de
contaminantes orgânicos.
(4*) - Os ultrafiltros têm demonstrado
eficiência para remover contaminantes orgânicos específicos, com base na sua
capacidade de peneiramento molecular.
(5*) - Nos processos descontínuos (batelada)
a oxidação com luz UV de 185 nm é eficiente para remover traços de
contaminantes orgânicos, quando usada como pós-tratamento. A reposição da água
de alimentação exerce influência crítica sobre o desempenho de tais
processadores descontínuos.
(6*) - Os sistemas de oxidação UV (luz UV de
comprimento de onda = 254 nm), além de não removerem fisicamente as bactérias,
podem ter seu poder bactericida ou bacteriostático limitado pela intensidade
luminosa, tempo de contato e vazão.
(7*) - A concentração residual de sólidos
depende da concentração de sólidos da água de alimentação.
PARÂMETROS QUE DEVEM
SER PERIODICAMENTE MONITORADOS NA ÁGUA GRAU REAGENTE
-
Microbiologia
A
água de superfície contém grande variedade de microorganismos, incluindo
bactérias, protozoários, algas e outros. Considerando que a maioria da água vem
de estações municipais, onde sofre tratamento intensivo para remoção de
microorganismos, os principais micróbios concernentes aos sistemas de purificação
de água são as bactérias. Estas penetram nos sistemas de purificação através da
água de alimentação, folgas de conexões, vazamentos e trincas; no interior do
sistema as bactérias segregam uma substância polimérica que permite sua
aderência a superfícies internas de tanques e recipientes de estocagem, tanques
e cartuchos de resinas de troca iônica, tubulações e quaisquer outras
superfícies de difícil limpeza. As bactérias são usualmente detectadas e
quantificadas por filtração da amostra de água através de um filtro de
porosidade de 0,45 micrometro e posterior cultura desse filtro em meio
adequado, durante alguns dias.
As
contagens de bactérias são reportadas em UFC/ml (unidades formadoras de
colônias por mililitro). Os organismos que freqüentemente contaminam a água são
bastonetes gram-negativos, incluindo representantes dos gêneros Pseudomonas,
Alcaligenes, Flavobacterium, Klebsiella, Enterobacter, Aeromonas e Acinectobacter.
- Aspectos a considerar: três
aspectos relativos à contaminação bacteriana devem ser considerados:
Ø níveis
permitidos / tolerados de bactérias que podem estar presentes quando se produz
diferentes tipos de água grau reagente;
Ø efeitos
de diferentes concentrações de bactérias na exatidão e na precisão dos testes
do laboratório clínico;
Ø influência
da carga bacteriana sobre a manutenção de outros parâmetros significativos de
qualidade da água grau reagente – por exemplo, carbono orgânico total (COT).
- Efeitos da contaminação bacteriana: idealmente,
a água grau reagente deve ser isenta de bactérias; porém, a produção e
estocagem de água grau reagente tornam isso difícil – se não impossível. As
bactérias podem afetar a qualidade da água grau reagente por
Ø desativar
reagentes ou alterar substratos ou metabólitos por ação de enzimas;
Ø contribuir
para o aumento do carbono orgânico total;
Ø alterar
as propriedades óticas da água e causar alto background (ruído de fundo)
de absorvância em análises espectrofotométricas;
Ø produção
de pirogênicos e endotoxinas.
Poucos
estudos foram publicados sobre esses problemas teóricos. Vários testes clínicos
laboratoriais usam reagentes que são ou bactericidas ou bacteriostáticos, ou
que tenham preservantes (por exemplo, a azida sódica). A água grau reagente
contaminada viabiliza a multiplicação das bactérias; a contagem bacteriana
total de água não estéril aumenta proporcionalmente com o tempo de estocagem da
água antes de seu uso.
Com
reagentes, controles e padrões adequados, os testes laboratoriais têm condições
de detectar possíveis desvios de qualidade dos reagentes quase que com absoluta
certeza. Sem dúvida, a qualidade da água grau reagente utilizada para
preparar / reconstituir tais reagentes pode ser a fonte de um problema, e, o
excesso de bactérias, a sua causa. Os fabricantes de reagentes têm que
especificar o tipo de água grau reagente necessário para prepará-los /
reconstituí-los.
- Diretrizes gerais:
os limites aqui sugeridos para contagem de bactérias totais e tempos de
estocagem foram estabelecidos com base nos comentários anteriores. Os limites
recomendados podem ser conseguidos através de sistemas adequados para produção
de água grau reagente, no momento em que ela for produzida. Os métodos são
prontamente adaptados às utilidades existentes nos laboratórios clínicos e
utilizam técnicas familiares ao seu pessoal. Os laboratórios clínicos devem
avaliar seu próprio histórico de experiências e reconhecer que níveis
excessivos de bactérias podem causar problemas na manutenção da qualidade da
água grau reagente.
- Quantificação:
a dosagem
microbiológica deve incluir a avaliação da contagem do total de colônias
segundo método padronizado, após incubação à temperatura de (36 + 1)ºC
por 24 horas, seguida por 24 h a (23 + 3)ºC. A concentração
microbiológica é reportada como “Unidades Formadoras de Colônias por mililitro”
(UFC / ml).
- Coleta de
amostras - o
procedimento para amostragem é o seguinte:
a)
coletar
a amostra em frasco estéril, de tamanho suficiente para conter toda ela. Deixar
espaço vazio suficiente para viabilizar a homogeneização da amostra antes da
análise;
b)
abrir
a torneira totalmente e deixar a água escorrer durante pelo menos 1 minuto
antes de coletar a amostra; a seguir, restringir a vazão para encher o frasco
sem que haja respingos. Deve-se ter em mente que o fluxo (vazão) inadequado é
uma das causas mais comuns de contagens elevadas de bactérias;
c)
coletar
um mínimo de 10 ml de água de cada ponto de amostragem;
d)
preservar
a amostra a uma temperatura entre 2 e 8ºC e processá-la após, no máximo, 6
horas. Caso não seja possível preservá-la nessa faixa de temperatura, a análise
deverá ser feita no máximo 1 hora após a coleta.
- Métodos para
contagem de bactérias totais
- Diretrizes
Gerais: os
procedimentos de contagem de bactérias propiciam métodos padronizados para
quantificar a população de bactérias heterotróficas aeróbicas e
facultativamente anaeróbicas presentes na água. É uma medição empírica porque
as bactérias ocorrem sozinhas, em pares, cadeias, clusters
ou packets.
Além disso, nenhum meio isolado ou
conjunto de condições físicas e químicas pode ser considerado como capaz de
viabilizar o crescimento bacteriano em uma amostra de água; conseqüentemente, o
número real de bactérias pode ser maior que o número de UFCs (unidades
formadoras de colônias).
- Critérios
para escolha do método: várias
normas referentes à qualidade de água recomendam uma gama de procedimentos para
determinar a contagem de bactérias totais, como placa, filtração e métodos
bacteriológicos de amostragem. Ao se escolher um método, a decisão deve estar
baseada nas seguintes considerações:
a)
sensibilidade
do método;
b)
uso
de meios que possam viabilizar o desenvolvimento de bactérias mais comumente
isoladas da água no espaço de tempo especificado;
c)
recursos
disponíveis para execução do procedimento;
d)
custo
do procedimento.
- Limitações
dos métodos: os
métodos recomendados não compreendem todas as técnicas que podem atender os
objetivos já mencionados. Diferentes métodos podem recomendar a amostragem de
diferentes volumes de água, especialmente quando se utiliza os conjuntos (kits)
de contagem de bactérias disponíveis atualmente no mercado. Volumes de amostra
a partir de 1 ml já podem ser suficientes para se ter uma boa sensibilidade,
uma vez que é possível detectar contaminação a níveis abaixo de 1 UFC/ml.
Volumes maiores são recomendados para minimizar problemas de distribuição com
bactérias em suspensão em fluidos.
É importante que se garanta suficiente
homogeneização do meio, de modo a se ter distribuição representativa dos
microorganismos para a contagem de bactérias totais na amostra de água grau
reagente do laboratório químico.
Ao se usar um sistema de kit
comercial, seguir as instruções para amostragem e contagem e converter os
resultados para UFC/ml. O NCCLS não
recomenda o método do loop calibrado porque tem pouca sensibilidade para
contagens de colônias abaixo de 100 UFC/ml.
- Condições de
incubação para a contagem de bactérias totais
- Manter uma temperatura de (36+1)ºC;
essa temperatura deve ser medida com um termômetro calibrado e rastreável à
Rede Brasileira de Calibração (RBC). Nos EUA, o NCCLS recomenda que o termômetro seja rastreável ao Instituto
Nacional de Ciência e Tecnologia (NIST).
- Monitorar a umidade da incubadora
periodicamente (muitas incubadoras possuem controles de umidade); recomenda-se
umidade na faixa de 70 a 96% a 36ºC. Caso a incubadora não possua controle de
umidade, manter uma bandeja de água na câmara da incubadora para garantir a
umidade necessária.
- Para garantir as condições mais
adequadas à incubação, seguir as seguintes etapas:
a)
incubar
as amostras a (36 + 1)ºC durante 24 horas;
b)
a
seguir, incubar à temperatura ambiente (23+3)ºC por um período adicional
mínimo de 24 horas.
O tempo total de incubação deve ser de
no mínimo 48 horas.
- Pirogênicos
Os pirogênicos são detectados por
injeção da amostra de água em cobaias e monitoramento de sua temperatura
corporal; no caso de concentrações muito baixas de lipopolisacarídeos, é usado
o teste LAL (Limulus Amoebocite Lysate), que é bastante sensível.
O NCCLS,
por si, não tem recomendações específicas para dosagem de pirogênicos, podendo
ser utilizados os métodos disponíveis na literatura atual. Deve-se ter em
mente que essa dosagem é indispensável mesmo para a água que tenha sido purificada
por destilação.
- pH
Sua
medição periódica é necessária para garantir o atendimento às especificações
que os fabricantes dos kits de diagnóstico fazem para a água a ser usada
com os mesmos. Além disso, o pH pode indicar se o sistema de deionização de
água está com desempenho satisfatório ou não, ou se o balanço iônico do leito
de resinas está correto ou não; por exemplo, um pH muito baixo da água efluente
de um sistema de desmineralização pode significar que há excesso de resina
catiônica em relação à resina aniônica, ou que, por algum motivo, a resina
aniônica tenha atingido a saturação antes da resina catiônica.
Para as medidas de pH o NCCLS recomenda o uso de 2
soluções-tampão como referência, uma delas com pH neutro (7,0) e outra com pH
menor – em torno de 4, por exemplo.
Pode-se usar os tampões comercialmente
disponíveis, desde que os mesmos tenham certificado de qualidade, de
preferência rastreáveis à RBC. Também se pode preparar tais soluções no próprio
laboratório, utilizando reagentes de pureza ACS ou equivalente.
- Resistividade e Condutividade
São 2 parâmetros relacionados à
concentração de íons presentes na água, ou seja, à concentração de materiais
nela dissolvidos – por exemplo, íons cálcio e magnésio (Ca++ e Mg++), presentes nas águas de abastecimento e cuja
origem pode ser a lixiviação de formações rochosas e o uso de reagentes no
tratamento de potabilização); gases,
como o dióxido de carbono (CO2), que se ioniza na água e forma ácido
carbônico; silicatos lixiviados de leitos arenosos de rios ou de recipientes de
vidro; íons ferroso (Fe+2) e férrico (Fe+3), liberados de tubos e superfícies de ferro;
íons cloreto e fluoreto, de estações de tratamento de água; fosfatos e
nitratos, de detergentes e fertilizantes; íons alumínio, manganês, cobre etc.
A maioria das substâncias inorgânicas
dissolvidas tem carga elétrica, positiva (cátions) ou negativa (ânions), e
transmitem corrente elétrica quando se mergulha eletrodos na água e se aplica
voltagem nos mesmos. Assim, quanto maior for a concentração iônica, mais fácil
será a transmissão de corrente elétrica.
A resistividade é inversamente
proporcional à concentração de íons presentes na água; portanto, quanto maior
for a quantidade de íons presentes, menor será a resistividade (isto é, a água terá
menos resistência à passagem da corrente elétrica) e maior será a condutividade
(ou seja, a água conduzirá melhor a corrente elétrica).
A condutividade é medida em microsiemens/cm
(mS/cm)
e é mais adequada
para água com grande quantidade de íons; a resistividade é medida em megohm.cm
(MW.cm) e é mais adequada para água com
poucos íons dissolvidos. Ambas as medidas são recíprocas; assim, a 25º C, uma
água com resistividade = 18,2 MW.cm tem condutividade = 0,055 mS/cm - esta é a água de mais elevada
pureza que se consegue obter com a tecnologia atual.
A medição da resistividade ou da
condutividade dá apenas uma indicação genérica, não específica, da presença e
concentração de espécies químicas ionizadas; ela não consegue indicar a
presença, tipo e concentração de espécies químicas não ionizadas, ou mesmo de
substâncias ionizadas ao nível de partes por bilhão.
A 25ºC e a uma resistividade de 10 MW.cm (= ao limite inferior para a água
tipo I) a concentração de espécies ionizadas é menor do que 10-6
equivalentes-grama por litro; em águas com resistividades maiores, o decréscimo
na contaminação iônica é extremamente pequeno.
A resistividade da água tipo I tem que
ser medida diariamente, apenas em linha, através de um eletrodo adaptado à
tubulação; essa
medição não pode ser feita em uma amostra coletada da tubulação porque a água
tipo I absorve a contaminação atmosférica com extrema rapidez, reduzindo gradativamente a
resistividade e causando leitura instável e progressivamente crescente no
medidor.
Para a água tipo II o NCCLS também recomenda monitoramento
diário da resistividade; porém, nos casos da água tipo II e água tipo III essa
medição pode ser feita em amostra coletada da saída do sistema de purificação,
não sendo necessária a medição exclusivamente em linha.
- Material Particulado
Constituído principalmente por sílica,
resíduos desagregados de metais de tubulações e colóides. Tais partículas em
suspensão podem entupir filtros, válvulas, tubos e membranas de ultra /
nanofiltração e de osmose reversa. O
material particulado é visível como uma névoa ou turbidez, e é detectado
através de filtração combinada com métodos gravimétricos ou através de
microscopia.
A sílica solúvel, particularmente,
pode ser um sério problema em certas regiões geográficas; ela interfere
prejudicialmente na maioria das dosagens de enzimas, análises de metais ao
nível de traços e análises de eletrólitos; ela também interfere diretamente em
algumas análises espectrofotométricas.
A concentração de sílica pode ser
determinada principalmente através de espectrofotometria, espectrofotometria de
absorção atômica (EAA) ou espectrometria de plasma acoplado indutivamente (ICP);
uma concentração elevada de sílica na água deionizada pode indicar que a resina
aniônica já atingiu o ponto de saturação e, conseqüentemente, a necessidade de
regeneração do leito de resinas.
-
Contaminação Orgânica
Causada principalmente por resíduos de
pesticidas, herbicidas, gasolina, solventes orgânicos, resíduos de tecidos
animais e vegetais e compostos orgânicos em geral; também pode haver resíduos
de revestimentos internos de tubulações, conexões e tanques de estocagem,
decorrentes da lixiviação de tais superfícies; note-se que esse último caso
decorre de falha no projeto e/ou na fabricação do sistema de purificação de
água; portanto, cada sistema deve ser projetado não só para remover o máximo de
contaminantes como também para minimizar a incorporação dos mesmos à água.
É
importante utilizar água isenta de contaminantes orgânicos em análises de
substâncias orgânicas via HPLC, cromatografia gasosa, eletroforese e
fluoroscopia e em pesquisas envolvendo cultura de tecidos.
Há
vários métodos para investigar a contaminação da água grau reagente por
compostos orgânicos, porém eles são inviáveis para uso rotineiro no laboratório
clínico; devido a isso, o NCCLS não recomenda, a princípio, nenhum
método em especial.
A
análise espectrofotométrica da água na região do ultravioleta distante é um
deles, mas só é viável com um espectrofotômetro especial para pesquisas; se há
disponibilidade desse recurso, ele pode ser útil para avaliar a presença de
compostos orgânicos na água produzida.
Já
os métodos baseados na redução do permanganato de potássio não são adequados
porque são limitados e não conseguem detectar grande variedade de orgânicos; a
cromatografia líquida de alta resolução (HPLC), se disponível, pode
satisfazer essa necessidade.
Finalmente,
há os analisadores de carbono orgânico total, que oxidam os compostos orgânicos
e medem o CO2 liberado.
-
ESTOCAGEM DE ÁGUA GRAU REAGENTE
A
água grau reagente – em particular dos tipos especial, I e II - não deve ser
estocada em qualquer recipiente que seja. Ela tem que ser usada no momento em
que é produzida, devido à contaminação pelo ar ambiente
e também pelo inevitável desenvolvimento microbiano que ocorre na água
estagnada. Além disso, também devido ao desenvolvimento microbiano, nunca se
deve usar as primeiras quantidades de água produzida por um sistema de
purificação que tenha ficado inativo por mais de 4 horas.
Ao
reiniciar a operação do sistema, deve-se desprezar os primeiros volumes de água
produzida; essa quantidade a ser desprezada deve ser equivalente a, pelo menos,
2 volumes estáticos do sistema. O ideal é que o sistema de purificação de água
seja dotado de um sistema de recirculação, de modo a manter a água em
movimento, mesmo nos períodos em que o laboratório não funciona; o NCCLS recomenda uma velocidade mínima de
recirculação equivalente a 5 ft/s (~ 1,6 m/s).
PRINCIPAIS FATORES A
SEREM CONSIDERADOS NA ESPECIFICAÇÃO, PROJETO E SELEÇÃO DE UM SISTEMA PARA
PURIFICAÇÃO DE ÁGUA.
Um sistema de purificação de água para
usos especiais geralmente tem que ser constituído por vários métodos de
purificação para que consiga produzir a água com a qualidade objetivada. Assim,
além do custo propriamente dito (que é fator importante, porém nunca deve ser
considerado isoladamente) é imprescindível que o projeto, especificação e
seleção de um dado sistema observem os fatores descritos a seguir.
- Características Físicas, Químicas e
Microbiológicas da Água de Abastecimento: são fatores muito importantes, pois determinam a
freqüência de manutenção do sistema – substituição / limpeza de elementos e
membranas filtrantes, verificação / limpeza / substituição de conexões e
tubulações, regeneração de resinas trocadoras de íons etc. Também são
importantes para determinar a eventual necessidade de métodos mais adequados /
viáveis a serem empregados para a purificação inicial da água bruta (filtros de
areia, de carvão, desclorador etc.) e para dimensionar a quantidade de
materiais filtrantes e resinas trocadoras de íons eventualmente necessárias
(nesse caso, considera-se a vazão a ser tratada). Deve ser considerada a pior
condição, isto é, os piores índices de contaminação que a água de alimentação
pode atingir – devidos, por exemplo, a variações sazonais (em períodos de seca
a concentração de impurezas dos mananciais aumenta significativamente).
- Características Físicas, Químicas e
Microbiológicas da Água Purificada (qualidade objetivada em função das análises
/ ensaios característicos das atividades do laboratório): determinam principalmente os métodos a
serem empregados para o polimento (última etapa de purificação) da água, bem
como os métodos necessários para a pré-purificação da água bruta.
- Vazão Necessária: também deve ser considerada em
conjunto com os fatores citados anteriormente, não só para os cálculos e
especificações dos métodos de purificação como, também, para dimensionamento do
número, tipo e dimensões de dispositivos de purificação e para o
dimensionamento de eventuais reservatórios-pulmão e tanques de recirculação, se
necessário.
- Distância da Saída do Sistema ao(s)
Ponto(s) de Uso: os
pontos de uso da água purificada devem ficar o mais próximo possível da saída
do sistema de purificação; quanto maior a distância, maior é a possibilidade de
contaminação microbiana ou mesmo por entradas de ar ou arraste de partículas de
tubulações. Além disso, distâncias maiores podem requerer estocagem provisória
da água (que é absolutamente inadmissível para água de grau reagente I e II)
e/ou bombeamento (que também significa maior possibilidade de contaminação,
além de custo adicional). Em determinados casos pode ser bem mais interessante
e recomendável possuir mais de um sistema de purificação.
- Leiaute: assim como a distância, outro fator
que pode favorecer muito a contaminação – principalmente microbiana – é o
número de curvas da tubulação, devido à formação dos chamados “dead legs”
(pontos mortos), onde pode haver estagnação da água e conseqüente desenvolvimento
microbiano. A tubulação deve ter o mínimo possível de joelhos e conexões e
também deve ser sempre aparente (externa às paredes), para viabilizar
manutenção periódica.
- Material de Carcaças de Filtros,
Tanques, Reservatórios, Tubulações e Conexões: os tipos de análises, ensaios e de
outras aplicações especiais determinam o material de construção desses
componentes, pois podem sofrer interferências devidas à lixiviação do material
da tubulação, se essa for metálica, ou ao desenvolvimento bacteriano, muito
facilitado por porosidades de tubulações de material plástico como o PVC, por
exemplo.
- Disponibilidade de Assistência
Técnica: assegurar-se
de que os fornecedores do sistema e de seus componentes tenham capacidade
técnica, estoques de reposição e recursos suficientes que permitam atendimento
imediato em caso de algum problema. Muitos incautos se deixam iludir pelo custo
aparentemente baixo e também pela fluência verbal e argumentações dos
vendedores, o que pode trazer grandes prejuízos no futuro. Sempre é
recomendável obter o máximo possível de referências sobre o desempenho do
sistema e sobre o tipo / capacidade de assistência técnica, antes de qualquer
decisão definitiva.
- Instrumentação e Controle: os aparelhos e instrumentos de
medição para monitoramento rotineiro da água purificada devem ser compatíveis
com seu grau de pureza. Um simples condutivímetro de bancada não tem a mínima
condição para medir a condutividade de água que seja de grau reagente I ou II;
nesses casos, deve ser usado um condutivímetro com sensibilidade de leitura na
casa de 0,01 mS/cm ou
mesmo um resistivímetro, sempre que possível instalado em linha.
Condutivímetros, resistivímetros e medidores de pH têm que estar sempre com a
calibração em dia, feita preferencialmente por entidades associadas à RBC –
Rede Brasileira de Calibração.
BIBLIOGRAFIA
1-
BAYER
- página eletrônica: artigos técnicos diversos sobre resinas de troca iônica e
seu emprego na purificação de água e de outros líquidos.
2- EPA (Environmental Protection Agency – E.U.A.) - página eletrônica: artigos técnicos diversos sobre
laboratórios e purificação de água.
3-
EPA, AWWA, WPCF: Standard
Methods for the Examination of Water and
Wastewater - 17ª
edição - Partes
1070B, 1080 A / B / C, 9020 B e
9050.
4- FISHER SCIENTIFIC: Catálogo
Eletrônico de Reagentes e Materiais de Laboratório.
5-
Gould, Charles: Treating Industrial Water
with Membrane Technology –OSMONICS / Separation & Filtration Systems –
1º / 3 / 1995.
6- NCCLS: Doc. C3-A2 / Vol.11, Nº. 13 - “Preparação e Teste
de Água Grau Reagente no Laboratório Clínico – 2ª edição”.
7- OSMONICS –
página eletrônica: artigos técnicos sobre purificação de água e filtração com
membranas.
8- R. CHAPMAN - página eletrônica: artigos técnicos sobre
purificação de água.
9- RESINTECH -
página eletrônica: artigos técnicos diversos sobre resinas de troca iônica e
seu emprego na purificação de água e de outros líquidos.
Post A Comment:
0 comments:
Segue alguns símbolos, caso necessitem utilizá-los:
____________________________________________
α β γ δ ∆ λ μ Ω ο ρ φ χ ψ ξ ε η θ π ∂ ∑ ∏ ℮ אօ ∞ ℝ ℕ ℚ ℤ Ø f◦g
½ ¼ ¾ ½ ⅓ ⅔ ⅛ ⅜ ⅝ ⅞ ² ³ ¹ º ª ₁ ₂ ₃ ₄ ≈ ≠ ≡ ∀ ∃ ⇒ ⇔ → ↔
∈∋∧ ∨ ⊂ ⊃ ∩ ∪ − + × ± ∓ ÷ √ ∛ ∜ ⊿∟ ∠→ ↑ ↓ ↕ ← ≤ ≥
outros
√ ∇ ∂ ∑ ∏ ∫ ≠ ≤ ≥ ∼ ≈ ≅ ≡ ∝ ⇒ ⇔ ∈ ∉ ⊂ ⊃ ⊆ ⊇ \ ∩ ∪ ∧ ∨ ∀ ∃ ℜ ℑ