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Lixão x Aterro - COSANPA 2013



De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico realizada pelo IBGE em 2000, coleta-se no Brasil diariamente 125,281 mil toneladas de resíduos domiciliares e 52,8% dos municípios Brasileiros dispõe seus resíduos em lixões.

Você sabe a diferença entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário?

Um lixão é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo. Não tem nenhum sistema de tratamento de efluentes líquidos - o chorume (líquido preto que escorre do lixo). Este penetra pela terra levando substancias contaminantes para o solo e para o lençol freático. Moscas, pássaros e ratos convivem com o lixo livremente no lixão a céu aberto, e pior ainda, crianças, adolescentes e adultos catam comida e materiais recicláveis para vender. No lixão o lixo fica exposto sem nenhum procedimento que evite as conseqüências ambientais e sociais negativas.




Já o aterro controlado é uma fase intermediária entre o lixão e o aterro sanitário. Normalmente é uma célula adjacente ao lixão que foi remediado, ou seja, que recebeu cobertura de argila, e grama (idealmente selado com manta impermeável para proteger a pilha da água de chuva) e captação de chorume e gás. Esta célula adjacente é preparada para receber resíduos com uma impermeabilização com manta e tem uma operação que procura dar conta dos impactos negativos tais como a cobertura diária da pilha de lixo com terra ou outro material disponível como forração ou saibro. Tem também recirculação do chorume que é coletado e levado para cima da pilha de lixo, diminuindo a sua absorção pela terra ou eventuamente outro tipo de tratamento para o chorume como uma estação de tratamento para este efluente.





Mas a disposição adequada dos resíduos sólidos urbanos é o aterro sanitário que antes de iniciar a disposição do lixo teve o terreno preparado previamente com o nivelamento de terra e com o selamento da base com argila e mantas de PVC, esta extremamente resistente. Desta forma, com essa impermeabilização do solo, o lençol freático não será contaminado pelo chorume. Este é coletado através de drenos de PEAD, encaminhados para o poço de acumulação de onde, nos seis primeiros meses de operação é recirculado sobre a massa de lixo aterrada. Depois desses seis meses, quando a vazão e os parâmetros já são adequados para tratamento, o chorume acumulado será encaminhado para a estação de tratamento de efluentes. A operação do aterro sanitário, assim como a do aterro controlado prevê a cobertura diária do lixo, não ocorrendo a proliferação de vetores, mau cheiro e poluição visual.


O estado do Rio de janeiro é composto por 92 Municípios, em resíduos sólidos, se encontra com:
16 Aterros Sanitários recebendo de 34 municípios:

Barra Mansa, Seropédica, São Gonçalo, Santa Maria Madalena (particular), Teresópolis, Macaé, Campos (particular), Piraí, Belford Roxo (particular), São Pedro da Aldeia (particular), Itaboraí (particular), Nova Friburgo, Miguel Pereira, Nova Iguaçu, Rio das Ostras, Sapucaia;
11 Aterros Controlados em atividade recebendo de 16 municípios:

Angra dos Reis, Natividade, Miracema, Barra do Piraí, Resende, Porciúncula, Caxias (Gramacho), Petrópolis, Rio Bonito, Guapimirim, Magé;
03 CTRs em Construção:

Paracambi, Vassouras, São Fidélis;
20 Unidades de Triagem e Compostagem em fase de implantação;
42 Unidades de Triagem e Compostagem implantadas;
30 Vazadouros oficiais em atividade.
Geração de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU)– 15.760 Ton./dia;
Quantidade de resíduos recebidos em aterros (CTR's, AC e AS) – 12.867 Ton./dia.
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Flavio Bacelar

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