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Resumão Noções de Saneamento - COSANPA 2013




1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA 


ANÁLISE FÍSICO-ORGANOLÉPTICA – Tipo de análise da água tratada que identifica a temperatura, dureza, turbidez, cor, sabor e odor da água. 

ÁGUA DISTRIBUÍDA COM TRATAMENTO CONVENCIONAL – A água bruta passa por tratamento completo em ETA, dotado dos processos de floculação, decantação, filtração, correção de pH, desinfecção (cloração) e fluoretação, antes de ser distribuída à população. 

ÁGUA DISTRIBUÍDA COM TRATAMENTO NÃO-CONVENCIONAL –A água bruta passa por tratamento não convencional, ou seja, quando são utilizados alguns dos seguintes métodos: clarificador de contato, ETA’s compactas (pressurizadas ou não), filtragem rápida etc. 

ÁGUA DISTRIBUÍDA COM SIMPLES DESINFECÇÃO (CLORAÇÃO) –A água bruta recebe apenas o composto cloro antes de sua distribuição à população. 

CAPTAÇÃO DE ÁGUA – Refere-se ao local de tomada de água do manancial e compreende a primeira unidade do sistema de abastecimento. 

Adutora de água bruta - Transporta a água da captação até a Estação de Tratamento (ETA). Compreende a água captada antes de receber qualquer tipo de tratamento. 

Adutora de água tratada - Transporta a água da ETA aos reservatórios de distribuição. Compreende a água captada depois de receber tratamento. 

Poço profundo (ou poço aqüífero artesiano) - Compreende a água captada de lençóis situados entre as camadas impermeáveis. 

Poço raso (freático) - Compreende a água captada do lençol freático, ou seja, a água que se encontra acima da primeira camada impermeável do solo. 

Superficial - compreende a água captada de diferentes cursos d’água, tais como: rio, córrego, ribeirão, lago, lagoa, açude, represa etc. e, como o nome indica, tem o espelho d’água na superfície do terreno. 

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA (ETA) – É o conjunto de instalações e equipamentos destinados a realizar o tratamento da água bruta. Compõe-se basicamente de casa química, grades, floculadores, decantadores, filtros, correção de pH, desinfecção (cloração) e fluoretação. 

HIDRÔMETRO - Aparelho para medição da quantidade de água fornecida em um prédio. 

MACROMEDIDOR - Equipamento utilizado para medir grandes vazões, nível e pressão da água. 

REDE GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA - É constituída de um conjunto de tubulações interligadas, instaladas ao longo das vias públicas ou nos passeios, junto às unidades ou prédios, conduzindo a água aos pontos de consumo (moradias, escolas, hospitais etc.). 

CANALIZAÇÃO INTERNA – Quando o domicílio é servido de água canalizada com distribuição interna em um ou mais cômodos. 

2.  ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

CORPO RECEPTOR - Qualquer corpo d’água, onde é lançado o esgoto sanitário. 

ELEVATÓRIA – Estação do sistema de esgotamento sanitário, na qual o esgoto é elevado por meio de bombas para tubulação ou a outra unidade do sistema em nível superior. 

EMISSÁRIO FLUVIAL - Tubulação destinada ao lançamento do esgoto em rios de grande vazão. 

FILTRO BIOLÓGICO - Sistema de tratamento no qual o esgoto passa por um leito de material de enchimento recoberto com microorganismos e ar, acelerando o processo de digestão da matéria orgânica. 

FOSSA SÉPTICA –A canalização das águas servidas e dos dejetos provenientes do banheiro ou sanitário é ligada a uma fossa, na qual a matéria esgotada passa por processo de tratamento ou decantação, sendo ou não a parte líquida conduzida em seguida para um desaguadouro geral da área, região ou município. 

FOSSA SÉPTICA DE SISTEMA CONDOMINIAL - Dispositivo tipo câmara, enterrado, destinado a receber o esgoto para separação e sedimentação do material orgânico ou mineral, transformando-o em material inerte. 

INTERCEPTOR – Rede de tubulação, localizado geralmente em fundos de vale ou nas margens de curso d’água, que recebe esgotos coletados nas redes coletoras e conduz até a estação de tratamento ou ao local de lançamento. 

LAGOA AERADA – Lagoa de tratamento de água residuária, em que a aeração mecânica ou por ar difuso é usada para suprir a maior parte do oxigênio necessário. 

LAGOA AERÓBIA – Sistema de tratamento biológico em que a estabilização da matéria orgânica ocorre quando existe equilíbrio entre a oxidação e a fotossíntese, para garantir condições aeróbias em todo o meio. 

LAGOA ANAERÓBIA – Sistema de tratamento biológico em que a estabilização da matéria orgânica é realizada predominantemente por processos de fermentação anaeróbia, imediatamente abaixo da superfície, não existindo oxigênio dissolvido. 

LAGOA DE MATURAÇÃO - Processo de tratamento biológico usado como refinamento do tratamento prévio por lagoas, ou outro processo biológico. Reduz bactérias, sólidos em suspensão, nutrientes e uma parcela negligenciável da demanda bioquímica de oxigênio (DBO). 

LAGOA FACULTATIVA – Sistema de tratamento biológico em que a estabilização da matéria orgânica ocorre em duas camadas, sendo a superior aeróbia e a inferior anaeróbia, simultaneamente. 

LAGOA MISTA - Conjunto de lagoas anaeróbias e aeróbias, dispostas em uma determinada ordem, com o objetivo de reduzir o tamanho do sistema. 

LODO ATIVADO - Sistema de tratamento no qual os flocos de lodo recirculam com alta concentração de bactérias, acelerando o processo de digestão da matéria orgânica. 

REATOR ANAERÓBIO – Sistema de tratamento fechado onde se processa a digestão do esgoto, sem a presença de oxigênio. 

REDE GERAL DE ESGOTO –A canalização das águas servidas e dos dejetos provenientes do banheiro ou sanitário é ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da área, região ou município, mesmo que o sistema não disponha de estação de tratamento da matéria esgotada. 

VALO DE OXIDAÇÃO – Reator biológico aeróbio de formato característico, que pode ser utilizado para qualquer variante do processo de lodos ativados ou comporte um reator em mistura completa. 


3.  DRENAGEM URBANA 

DRENAGEM SUBTERRÂNEA – Sistema constituído por dispositivos de captação tais como bocas-de-lobo, ralos, caixas com grelhas etc., encaminhando as águas aos poços de visita e daí às galerias/tubulações e que tem como deságüe corpos receptores tais como rios, córregos etc. 

DRENAGEM SUPERFICIAL – Sistema constituído por guias, sarjetas, calhas etc. que interceptam as águas provenientes das chuvas e que tem como deságüe corpos receptores tais como rios, córregos etc., e pode, também, estar ligado às galerias/tubulações de um sistema de drenagem subterrâneo. 

DRENAGEM URBANA OU DRENAGEM PLUVIAL - Consiste no controle do escoamento das águas de chuva, para se evitarem os seus efeitos adversos, que podem representar sérios prejuízos à saúde, segurança e bem estar da sociedade. Em via de regra, esses efeitos se manifestam de quatro formas: empoçamentos, inundações, erosões e assoreamentos. 

EROSÃO - Processo que se traduz na desagregação, transporte e deposição do solo e rocha em decomposição pelas águas, ventos ou geleiras. 

Erosão de taludes - Desgaste provocado pela água da chuva em terrenos de superfície inclinada na base de um morro ou de uma encosta de vale onde se encontra um depósito de detritos. 

Erosão do leito natural - Desagregação do leito natural de rio, córregos etc. 

Erosão laminar de terrenos sem cobertura vegetal - Caracteriza-se pelo desgaste laminar causado pelas enxurradas que deslizam como um lençol, desgastando uniformemente, em toda sua extensão, a superfície do solo sem cobertura vegetal. 

Ravinamento (voçoroca) - Processo erosivo semi-superficial de massa, face ao fenômeno global da erosão superficial e ao desmonte de maciços de solo dos taludes, ao longo dos fundos dos vales, ou de sulcos realizados no terreno. O processo de ravinamento pode levar à destruição de edificações e obras públicas. 

MACRO/MESODRENAGEM – Esses sistemas compreendem basicamente os principais canais de veiculação das vazões, recebendo ao longo de seu percurso as contribuições laterais e a rede primária urbana provenientes da microdrenagem. Para efeito de quantificação desses tipos de dispositivo, considerou-se como macro e mesodrenagem os cursos d'água, galerias tubulares com dimensões iguais ou superiores a 1,20 metros de diâmetro, e as galerias celulares cuja área da seção transversal seja igual ou superior a 1,00 m2. 

MICRODRENAGEM - É definido pelo sistema de condutos pluviais ao nível de loteamento ou de rede primária urbana que constituem o elo de ligação entre os dispositivos de drenagem superficial e os de meso e macrodrenagem, coletando e conduzindo as contribuições provenientes das bocas-de-lobo ou caixas coletoras. Para efeito de quantificação deste tipo de dispositivo, considerou-se como microdrenagem as galerias tubulares com dimensões iguais ou superiores a 0,30 metros de diâmetro e inferiores a 1,20 metros de diâmetro, e as galerias celulares cuja área da seção transversal seja inferior a 1,00 m². 

REDE SEPARADORA - Coletores para transportar esgotos sanitários, separadamente das galerias de águas pluviais. 

REDE UNITÁRIA - Coletores de águas de chuva ou galerias pluviais que também são utilizados para transportar o esgoto sanitário. 

4.   LIMPEZA URBANA E/OU COLETA DE LIXO 

ATERRO CONTROLADO - Local utilizado para despejo do lixo coletado, em bruto, com cuidado de, após a jornada de trabalho, cobri-lo com uma camada de terra, sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais. 

ATERRO DE RESÍDUOS ESPECIAIS - Consiste na utilização de métodos de engenharia para confinar os resíduos especiais em uma área, a menor possível, reduzi-los a um volume mínimo e cobri-los com uma camada de terra diariamente, ao final de cada jornada ou em períodos mais freqüentes. 

ATERRO SANITÁRIO - Técnica de disposição do lixo, fundamentado em critérios de engenharia e normas operacionais específicas, que permite a confinação segura em termos de controle da poluição ambiental e proteção à saúde pública. 

COLETA DE LIXO – Consiste na retirada de material sólido resultante das atividades domiciliares, comerciais e públicas, industriais, das unidades de saúde etc.; acondicionado em sacos plásticos e/ou recipientes, ou mesmo quando colocados nas calçadas ou logradouros e destinados a vazadouro, aterro etc. 

COLETA SELETIVA - Consiste na separação e acondicionamento de materiais recicláveis, em sacos ou recipientes, nos locais onde o lixo é produzido, objetivando inicialmente separar os resíduos orgânicos (restos de alimentos, cascas de frutas, legumes etc.) dos resíduos inorgânicos (papel, papelão, vidros, plásticos, ferro etc.). Esta prática facilita a reciclagem porque os materiais estarão mais limpos e, conseqüentemente, com maior potencial de reaproveitamento e comercialização. 

LIMPEZA URBANA – Consiste na limpeza de vias e logradouros públicos, pavimentados (varredura manual ou mecânica, ou lavagem); não pavimentados (capinação, raspagem da terra e/ou roçagem); além de limpeza de monumentos, lavagem de ruas, retirada de faixas e cartazes, e limpeza de bueiros. 

LIXO SÉPTICO OU RESÍDUOS CONTAMINANTES - Parcela do lixo hospitalar que compreende os resíduos contagiosos ou suspeitos de contaminação e os materiais biológicos (sangue, animais usados em experimentação, excreções, secreções, meios de cultura, órgãos, agulhas e seringas, resíduos de unidades de atendimento ambulatorial, de laboratórios de análises clínicas e de sanitários de unidades de internação, de enfermaria etc.). 

USINA DE COMPOSTAGEM - Instalação especializada onde se processa a transformação de resíduos orgânicos presentes no lixo, em composto para uso agrícola. 

USINA DE INCINERAÇÃO - Instalações especializadas onde se processa a queima controlada do lixo, entre 800 a 1.200ºC, com a finalidade de transformá-lo em matéria estável e inofensivo à saúde pública reduzindo seu peso e volume, e que pode ser feito em forno especialmente projetado para tal. 

USINA DE RECICLAGEM - Instalação apropriada para separação e recuperação de materiais usados e descartados presentes no lixo e que podem ser transformados e reutilizados. 

VAZADOURO A CÉU ABERTO (LIXÃO) - Disposição final do lixo pelo seu lançamento, em bruto, sobre o terreno sem qualquer cuidado ou técnica especial - falta de medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública (locais de lançamentos descontrolados). 

VAZADOURO EM ÁREAS ALAGADAS - Disposição final do lixo pelo seu lançamento, em bruto, em corpos d’água. 


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Flavio Bacelar

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2 comments:

  1. incrivel! sua sabedoria e impressionante.

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  2. Olá Multiplicador Flávio Bacelar, estamos felizes por você fazer parte deste projeto. Como prometido, seu blog já foi divulgado. Esperamos que goste!

    Aqui está o link da publicação:
    http://www.educadoresmultiplicadores.com.br/2013/06/prof-flavio-bacelar.html

    Faça uma visitinha especial ao blog Educadores Multiplicadores, abra as páginas e veja como ficou sua divulgação.

    Multiplicador, (se quiser) escreva um pequeno post mostrando sua chegada ao Educadores Multiplicadores (divulgaremos nas redes).

    E já sabe, seu blog poderá ficar em evidência todos os meses, conforme as regras da parceria (saiba tirar proveito dessa parceria dinâmica).

    Quando quiser acessar o link: Educadores Multiplicadores e o Marquecomx, fique a vontade! (o Marquecomx é parte da parceria).

    Parabéns pelos excelentes textos, fiquemos na Paz de Deus, abraço e até breve!

    IRIVAN

    ResponderExcluir





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