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Saneamento do Lixo


Saneamento do Lixo



Lixo é todo e qualquer tipo de resíduo sólido produzido e descartado pela atividade humana doméstica, social e industrial.

Tendo composição bem variada, o lixo pode conter agentes biológicos patogênicos ou resíduos químicos tóxicos, os quais podem alcançar o homem, por via direta ou indireta, prejudicando-lhe a saúde.

O lixo é, principalmente, uma via indireta de transmissão de doenças. “O lixo representa componente que não pode ser desprezado no estudo da estrutura epidemiológica de vários agravos à saúde. Contudo, a sua influência se faz sentir principalmente, por vias indiretas. Assim é que ele propicia condições que facilitam, ou mesmo possibilitam, a ação de múltiplos fatores. Do conjunto deste último resultam, como efeitos, os vários inconvenientes à saúde e bem-estar da comunidade”.

Resíduos sólidos

Os resíduos sólidos constituem hoje uma das grandes preocupações ambientais do mundo moderno. As sociedades de consumo avançam de forma a destruir os recursos naturais, e os bens, em geral, têm vida útil limitada, transformando-se cedo ou tarde em lixo, com cujas quantidades crescentes não se sabe o que fazer.

Os resíduos sólidos, líquidos ou gasosos são produtos inevitáveis dos processos econômico-sociais de que dependemos. Assim como no metabolismo dos seres vivos, nossas sociedades transformam insumos em bens, em serviços e em alguns subprodutos que precisamos eliminar.

Do ponto de vista sanitário e ambiental, a adoção de soluções inadequadas para o problema do lixo faz com que seus efeitos indesejáveis se agravem: o risco de contaminação do solo, do ar e da água, a proliferação de vetores, doenças e a catação. Com a maior concentração de pessoas nas cidades e o aumento da produção individual de lixo, os locais de tratamento e destinação final devem inspirar maiores cuidados, de modo a não tornar irreversíveis os danos ambientais daí decorrentes. Atualmente, a existência de lixões (vazadoures), locais onde são descarregados os resíduos sem quaisquer cuidados, representam uma grave ameaça à saúde pública e ao meio ambiente. 

Tratamento e disposição final do lixo

O destino inevitável do lixo é um aterro. O que a comunidade através de seus governantes, deve decidir é que proporção do lixo vai ser aterrada e de que forma este aterro vai ser feito, visto que os impactos ambientais, sociais e econômicos da disposição final do lixo são extremamente sérios. Os locais de disposição descontrolada de lixo (lixões) são perigosos devido aos enormes problemas que causam:

poluição do solo, do ar e da água;

atração de vetores (insetos e roedores);

risco de fogo, deslizamento e de explosões;

espalhamento de lixo pelo vento e animais;

atividades de catadores.

Apresentam-se aqui três das principais alternativas (aterro sanitário, incineração e compostagem) de disposição final dos resíduos sólidos. Há outras formas de dispor, citadas expeditamente, que no momento não são viáveis econômica e tecnicamente. 

Aterro Sanitário

Segundo a norma ABNT NBR 8419/1984, aterro sanitário é "uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo sem causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos ambientais. Este método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menor, se for necessário".

Esta técnica consiste basicamente da compactação dos resíduos no solo, dispondo-os em camadas que são periodicamente cobertas com terra ou outro material inerte, formando células, de modo a se ter alternância entre os resíduos e o material de cobertura. Aterro sanitário exige cuidados e técnicas específicas, que visam inclusive ao uso futuro da área, e que incluem a seleção e o preparo da área, sua operação e monitoramento. A NBR 8419 fixa todos os procedimentos necessários a uma correta elaboração do projeto.

Um aterro sanitário contém necessariamente:

instalações de apoio;

sistema de drenagem de águas pluviais;

sistema de coleta e tratamento de líquidos percolados e de drenagem de gases, formados a partir da decomposição da matéria orgânica presente no lixo;

impermeabilização lateral e inferior, de modo a evitar a contaminação do solo e do lençol freático.

O aterro sanitário é um método atraente e de menor custo para comunidades com poucos recursos financeiros e humanos, e que pode satisfazer as condições de preservação do meio ambiente.

Há uma variação desta forma de disposição chamada aterro controlado, com menores exigências para proteção ambiental, e cujas recomendações técnicas, descritas na norma ABNT NBR 8849/1985, são mais simplificadas comparativamente ao aterro sanitário. Não é prevista a implantação de sistema de coleta e tratamento de líquidos percolados e de sistema de drenagem de gases. Este método não deve ser considerado como solução definitiva para o correto equacionamento da disposição final de resíduos sólidos, uma vez que é grande seu potencial de impacto ambiental, notadamente no que se refere à poluição das águas superficiais e subterrâneas e do solo.

Compostagem

Um segundo método de tratamento e disposição sanitariamente adequados dos resíduos sólidos é a compostagem. Por definição, é a transformação de resíduos orgânicos presentes no lixo, através de processos físicos, químicos e biológicos, em material biogênico mais estável e resistente. O resultado final é o "composto", excelente condicionador orgânicos dos solos.

O processo se constitui basicamente de duas etapas:

física, onde se dá o preparo dos resíduos, fazendo-se uma separação entre a matéria a ser composta e outros materiais (potencialmente recicláveis e/ou rejeito), e em seguida uma homogeneização;

biológica, que consiste da fermentação e da digestão do material, realizadas sob condições controladas, num período que varia, geralmente, de 60 a 120 dias.

A compostagem é feita em pátios especialmente preparados, sendo o material orgânico disposto em leiras (montes) que operam por reviramento ou por aeração forçada, caso em que se necessitam equipamentos especiais. Há usinas mecânicas nas quais ocorre parte do processo mais aceleradamente, não dispensando porém a necessidade de plataformas para a maturação do composto.
A eficiência do processo está ligada a um plano de coleta seletiva que impeça a presença de plásticos, vidros e de outros materiais contaminantes e insetos, indesejáveis na massa a ser composta. A viabilidade econômica desta alternativa de aproveitamento do lixo depende de condições de mercado e a obtenção de um composto de boa qualidade depende do monitoramento do processo, cujos principais fatores intervenientes são:

as condições de aeração;

o teor de umidade;

as concentrações de carbono e de nitrogênio;

o tamanho das partículas;

o pH;

a temperatura, cujo controle é fundamental para a eliminação dos micro-organismos patogênicos do composto.

O processo pode requerer a utilização intensiva de mão-de-obra e as necessidades de área são proporcionais às quantidades de lixo a serem tratados.

Incineração

A incineração é um processo de redução de peso (em até 70%) e de volume (em até 90%) do lixo através de combustão controlada, de 800 a 1.000 o C, visando a disposição final. O processo é realizado em fornos especiais, nos quais se pode garantir oxigênio para combustão, turbulência, tempos de permanência e temperaturas adequados.

É uma alternativa indicada para o caso de grande quantidade de resíduos sépticos e/ou perigosos ou quando se têm grandes distâncias a serem percorridas entre a coleta e disposição final, e o lixo é rico em materiais secos comburentes. Outra circunstância que recomenda a incineração é a dificuldade de encontrar áreas para aterro. Um grande inconveniente deste processo é a liberação de gases tóxicos que precisam ser tratados. Além disto, as cinzas e demais materiais remanescentes do processo de incineração precisam ser convenientemente dispostos.

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Flavio Bacelar

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